Pouco mais de uma semana após flexibilizar as restrições da onda roxa, o prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo (PSC), precisou recuar. Uma decisão judicial o obrigou, liminarmente, a publicar novo decreto permitindo o funcionamento apenas dos serviços essenciais, conforme estabelecido pelo programa Minas Consciente. A macrorregião oeste continua na fase mais restritiva do plano.
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O magistrado destacou “o risco de lesão grave, de difícil ou impossível reparação à população local”, devido a possibilidade de alastramento da COVID-19 e colapso do sistema de saúde local.
Ele ainda citou o pequeno número de leitos, insumos e profissionais de saúde. Caso o município descumpra a decisão, ele está sujeito a multa diária de R$ 50 mil.
Prefeito lamenta
Desde a semana passada, as lojas estavam funcionando de portas abertas. Academias também podiam abrir e as escolas estavam autorizadas a retomar com as aulas presenciais. “É com muita tristeza que damos esta notícia ao comerciante de Divinópolis. Em razão de decisão judicial, cumpriremos a onda roxa, sem flexibilizações”, lamentou Azevedo.
Divinópolis seguiu rigorosamente as diretrizes por 21 dias. Na última semana antes do afrouxamento das normas, feriados foram antecipados e restrições impostas, inclusive para os serviços essenciais.
“Divinópolis teve muito mais consciência com seus habitantes ao decretar a onda roxa antecipada e chamar os prefeitos da região para tomarem juntos as medidas preventivas”, afirmou a vice-prefeita Janete Aparecida (PSC).
Criticando a imposição do estado, ela afirmou que conhecem a realidade do município e o que é preciso fazer para que a situação melhore. “Hora nenhuma o prefeito agiu de forma irresponsável. Temos uma excelente equipe técnica e todas as medidas tomadas foram baseadas em números", defendeu.
Ao flexibilizar, o prefeito chegou a dizer que as restrições não trouxeram o resultado esperado e que o índice de internação continuou alto.
Procurador-geral do município, Leandro Luiz Mendes disse que a prefeitura acatará a decisão judicial a cumprimento integral da onda roxa, mas será feita uma análise judicial da situação e a devida defesa legal.
Pior mês da pandemia
Abril nem terminou e já tem os piores indicadores de toda a pandemia. Em 14 dias, o município contabiliza 63 mortes em decorrência da COVID-19, aumento de 6,7% em relação a março, que até então havia batido recorde de mortes – 14 dos óbitos são de homens sem comorbidades.
A diretora da Vigilância Epidemiológica, Erika Camargos, destacou o perfil das mudanças de morte. “Estamos observando um aumento de mortes de jovens sem apresentar nenhuma doença preexistente. A prevenção continua sendo o principal caminho para evitar a doença. Estar saudável e não apresentar doenças não significa ficar livre da doença”, afirmou.
A média móvel de internações de terapia intensiva subiu de 84 (março) para 115 na primeira quinzena de abril.
A média de confirmações diária subiu 48,4% nos 14 primeiros dias deste mês em relação ao anterior, ou seja, de 64 para 95. O único indicador que está abaixo quando analisado é o de notificações. A média/dia é de 302.
Divinópolis contabiliza 10.214 confirmações da COVID-19 desde o início da pandemia – 287 pessoas perderam a vida em decorrência da doença e outras três mortes estão em investigação.
*Amanda Quintiliano especial para o EM
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
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Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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