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Estado de Minas COVID-19

Fornecedor de remédios do 'kit intubação' trabalha a todo vapor em Minas

Apesar de ter expandido a produção no ano passado, farmacêutica esbarra nos limites da importação de insumos


16/04/2021 06:00 - atualizado 16/04/2021 07:27

Fachada de unidade do Hipolabor: apesar da expansão, farmacêutica tem dificuldade para atender a demanda por medicamentos para tratamento da CO VID-19(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press -12/4/13)
Fachada de unidade do Hipolabor: apesar da expansão, farmacêutica tem dificuldade para atender a demanda por medicamentos para tratamento da CO VID-19 (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press -12/4/13)


Fabricante de medicamentos genéricos de Minas inaugurou, em julho do ano passado, uma unidade em Montes Claros, no Norte de Minas, com a produção praticamente focada nas substâncias usadas para sedação nas unidades de terapia intensiva. A decisão de expansão, que já havia sido tomada e autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),  foi reorientada frente ao cenário de aumento nas internações nos leitos de unidades de terapia intensa (UTI) para o tratamento da COVID-19, que em Minas registrou os maiores índices naquele mês e no seguinte, julho e agosto.
 
A empresa dobrou a produção, mas, mesmo com esse investimento, o presidente da indústria farmacêutica Hipolabor, Renato Alves, afirma que em 2021, o cenário é ainda mais difícil. “Infelizmente, considero que o momento mais crítico ainda não passou. Estamos numa sequência de momentos críticos, que devem durar até maio ou junho”, avalia. E completa: “Nenhum de nós nunca passou por algo desse tipo. Costumo dizer que estamos enfrentando um tsunami.”
 
Um dos principais fornecedores para os hospitais da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), o Grupo Hipolabor produz os medicamentos dexmedetomidina, diazepam, epinefrina, fentanil, heparina sódica suína, lidocaína, midazolam, morfina e norepinefrina, incluídos no chamado “kit intubação”.
 
O executivo avalia que a expansão de leitos para tratamento da COVID-19 e o alto índice médio de ocupação elevaram a procura pelo “kit intubação”, e a indústria farmacêutica teve que direcionar todos os esforços para a produção desses itens. Em fevereiro de 2020, Minas contava com 2.072 leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS). O número mais que dobrou e, atualmente, são 4.761, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde.
 
Mas mesmo ampliando a capacidade de produção das fábricas, as farmacêuticas não conseguem atender com tanta agilidade à demanda dos hospitais, pelo fato de a maior parte dos insumos ser importado. Esse gargalo fica ainda pior em função da corrida mundial por insumos. O Brasil, que depende quase 100% da importação dos insumos, fica à mercê do que consegue negociar no mercado internacional.
 
  O executivo afirma que as parcerias técnicas estabelecidas pela farmacêutica amenizam a falta de insumos neste momento. Mas, ele adianta que, em longo prazo, pretende iniciar um braço farmoquímico para sintetizar medicamentos.
 
“Também internalizamos alguns Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs), especialmente para produção de fentamila e midazolam. E elevamos o nível médio dos estoques em 2020, o que não foi suficiente para suprir a demanda, mas reduziu a falta de medicamentos”.
 
Fundada em 1984, a Hipolabor informou ser a maior indústria farmacêutica de Minas Gerais e líder nacional na fabricação de medicamentos injetáveis genéricos. A empresa mantém unidade administrativa em Belo Horizonte e fábricas em Sabará, na Região Metropolitana de BH, e Montes Claros, no Norte de Minas. A reportagem entrou em contato com a Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi) e a Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:



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