Proteção para quem cuida da saúde na capital e se encontra na luta diária contra o novo coronavírus. Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e outros profissionais – totalizando cerca de 10 mil pessoas entre 43 e 49 anos cadastradas previamente no portal da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) – recebem a primeira dose da vacina contra a COVID-19.
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Quem nutriu o mesmo sentimento foi a também técnica de enfermagem e funcionária do ambulatório, Clara Gurgel, de 22. "Ouvimos muitas histórias aqui. As pessoas falam sobre a perda de parentes e ficamos pensando que, se tivessem sido vacinados, poderiam estar vivos".
A engenheira da área de segurança da saúde da Feluma, Anna Paola Moura, se mostrou feliz pelo resultado no primeiro dia de vacinação na Ciências Médicas: "É muito importante levar esperança e saúde para as pessoas".
Nova chance
De acordo com a PBH, caso o trabalhador da saúde com idade entre 43 e 49 anos não compareça aos pontos de vacinação até hoje, ele poderá, na próxima semana, procurar um dos locais disponíveis no portal da PBH, levando todos os documentos necessários, entre as 7h30 e as 16h30.
E mais: "Conforme orientações do Ministério da Saúde, trabalhadores dos demais estabelecimentos de serviços de interesse à saúde, como por exemplo academias de ginástica, clubes, salão de beleza, clínica de estética, óticas, estúdios de tatuagem e estabelecimentos de saúde animal não serão contemplados nos grupos prioritários elencados para a vacinação."
Vacina da UFMG dá mais um passo
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) iniciou ontem os testes da vacina contra a COVID-19, desenvolvida no próprio câmpus, em macacos. O imunizante batizado provisoriamente de Spintec consiste na combinação de duas proteínas, incluindo a proteína S, utilizada pelo Sars-CoV-2 para invadir as células humanas. Entre as vacinas desenvolvidas na UFMG, a Spintec foi a que apresentou melhores resultados em testes com camundongos. Por causa do bom desempenho, os testes em macacos foram autorizados. “Os camundongos imunizados ficaram 100% protegidos, ou seja, nenhum veio a óbito ou adoeceu. Isso é o sinal da eficiência da vacina que esperamos confirmar com os testes com os primatas”, disse o professor Flávio da Fonseca, pesquisador do CTVacinas. O estudo em macacos é exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e deve durar 60 dias. “Caso os testes confirmem a segurança e a eficácia da vacina, teremos um imunizante no mercado no fim de 2022”, disse Flávio da Fonseca.
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O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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