Com o aumento das infecções de COVID-19, o sistema hospitalar acabou entrando em colapso em algumas cidades de Minas Gerais. O resultado é a falta de leitos, que deixa desamparados alguns pacientes que não foram contaminados pelo vírus, mas que precisam de atendimento médico.
“É desesperador ver minha irmã nessa situação. O coração fica na boca. Estou pedindo ajuda para todo mundo porque já que tem leito lá, precisamos transferi-la para Belo Horizonte. Assim, ela ficaria perto de mim. Estou com muito medo de perdê-la”, conta Cida Santos, irmã de Patrícia.
De acordo com o Painel da COVID-19 da Prefeitura de Neves, até a última quinta-feira (15/4), a cidade tinha 12.063 casos confirmados do vírus. Destes, 983 estão sendo acompanhados. A cidade registrou também 368 mortes por COVID-19.
Cida conta que a irmã vivia uma vida saudável e sem problemas de saúde, e mesmo assim acabou sofrendo o AVC. Agora, a grande preocupação é que ela consiga uma vaga na UTI para salvar a vida de Patrícia. “Foi tudo do nada. Muito desesperador. Ela estava bem no sábado, em casa, tudo certo. No domingo ligou para o marido dizendo que estava passando mal, e depois foi levada pelo Samu”, explica. “A pior coisa é não ter notícia. A gente fica perdido”, conta.
Cida conta que a irmã vivia uma vida saudável e sem problemas de saúde, e mesmo assim acabou sofrendo o AVC. Agora, a grande preocupação é que ela consiga uma vaga na UTI para salvar a vida de Patrícia. “Foi tudo do nada. Muito desesperador. Ela estava bem no sábado, em casa, tudo certo. No domingo ligou para o marido dizendo que estava passando mal, e depois foi levada pelo Samu”, explica. “A pior coisa é não ter notícia. A gente fica perdido”, conta.
Em entrevista ao Estado de Minas em março de 2020, o epidemiologista da Fiocruz, Rômulo Paes, alertou sobre essa situação. Ao falar sobre a pandemia, ele afirmou que o aumento de casos poderia deixar a rede hospitalar em colapso e prejudicar outros atendimentos.
“O problema é que se a rede hospitalar entrar em colapso por excesso de demanda, a maioria dos pacientes nem vai ter atendimento. As pessoas morrerão não apenas de COVID-19, mas também por outras doenças que necessitam de atendimento hospitalar imediato. A grande questão é como organizar a fila dos casos mais complicados (em torno de 20%) nos serviços de média e alta complexidade, coisa que o debate em torno da cloroquina busca subverter”, explicou na época.
“O problema é que se a rede hospitalar entrar em colapso por excesso de demanda, a maioria dos pacientes nem vai ter atendimento. As pessoas morrerão não apenas de COVID-19, mas também por outras doenças que necessitam de atendimento hospitalar imediato. A grande questão é como organizar a fila dos casos mais complicados (em torno de 20%) nos serviços de média e alta complexidade, coisa que o debate em torno da cloroquina busca subverter”, explicou na época.
Em nota, a prefeitura de Neves informou sobre o caso de Patrícia. “A Prefeitura Municipal de Ribeirão das Neves, através da Secretaria de Saúde, informa que o Hospital Municipal São Judas Tadeu conta com duas salas de urgência, sendo uma para pacientes Covid e outra para pacientes não Covid. Informa, ainda, que a paciente Patrícia Santos Rocha, encontra- se na sala de urgência aguardando vaga de UTI e a mesma está cadastrada na Central de Leitos aguardando transferência.”
A reportagem entrou em contato com o Hospital São Judas Tadeu mas não conseguiu resposta até o fechamento desta matéria.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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