Após prejuízo de R$ 15 milhões devido às restrições impostas pela onda roxa, o distrito de Monte Verde reabre para o turismo consciente neste sábado (17). A prefeitura de Camanducaia, no Sul de Minas, publicou novo decreto que permite o funcionamento do comércio com algumas regras para prevenção do contágio e disseminação da COVID-19.
De acordo com o documento, hotéis e pousadas poderão funcionar com capacidade máxima de 60%, sendo obrigatório o cadastro das reservas no sistema. Já restaurantes, bares e lanchonetes devem limitar a quatro pessoas por mesa e proibir a junção de mesas. Também fica vedado o consumo em pé nos estabelecimentos.
"Vamos fazer um controle bastante intenso na entrada de Monte Verde, com aferição de temperatura, verificação do percentual dos meios de hospedagem. A Vigilância Sanitária vai visitar todos os estabelecimentos, cuidando do distanciamento entre as mesas em restaurantes, o número de pessoas dentro de lojas, lanchonetes e etc. A nossa ideia é trabalhar com muita responsabilidade, com muito cuidado sanitário para que não tenhamos novamente a onda roxa aqui no Sul de Minas", afirma o secretário de Turismo de Camanducaia, Bruno Alves Rosa.
O novo decreto mantém a proibição de atividades, públicas ou privadas, com circulação ou potencial aglomeração de pessoas. Como, por exemplo:
- bailes, shows, festas e apresentações artísticas;
- feiras livres;
- atividades artísticas, criativas e de espetáculos;
- produção e promoção de eventos esportivos;
- exploração de jogos de divertimento, como boliche, sinuca, bilhar, carteado e similares.
Também fica proibido, por tempo indeterminado, o consumo de bebidas alcóolicas em locais públicos do município de Camanducaia.
Monte Verde tem prejuízo de R$ 15 milhões
O fechamento do turismo e do comércio de Monte Verde, em razão da adesão à onda roxa, deve causar um prejuízo de aproximadamente R$ 15 milhões ao distrito de Camanducaia. O levantamento, realizado pela Agência de Desenvolvimento de Monte Verde e Região (MOVE), prevê o impacto dos 30 dias de paralisação.
A presidente da MOVE, Rebecca Wagner, afirma que as consequências da pandemia poderiam ser abrandadas com consciência e segurança, "sem uma radicalização prejudicial aos meios de sobrevivência da população". Segundo Rebecca, no segundo semestre de 2020, Monte Verde foi reconhecido pelo Ministério do Turismo como exemplo nacional na retomada do turismo de forma consciente e segura.
Agora, o distrito de Camanducaia se prepara – adotando todos os protocolos de prevenção à COVID-19 – para a temporada de inverno a fim de tentar minimizar esse prejuízo. "Estamos iniciando, a partir do mês que vem, nossa temporada de inverno, período que mais importa para nós todos os anos. Com isso, a gente vai trabalhar e poder não gerar desemprego. Ao contrário, gerar emprego e renda de forma responsável e cuidando também da saúde, que é nosso principal objetivo", finaliza o secretário de Turismo.
(Gabriella Starneck/Especial para o EM)
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Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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