Jornal Estado de Minas

Morre, aos 59 anos, a benzedeira Mãe Rita

Faleceu, na manhã deste domingo (18/4), Rita de Cássia Pinho Vieira Maciel, chamada carinhosamente pelos filhos do candomblé Angola de Mãe Rita, aos 59 anos. Depois de internada, ela sofreu uma embolia pulmonar e foi intubada, mas não resistiu. A família não revelou se Rita tinha sido contaminada pelo novo coronavírus. Era uma das mais conhecidas e procuradas benzedeiras de Contagem, na Grande BH. 





 

As manifestações sensitivas de Mãe Rita começaram aos três anos, quando ainda morava em Ipatinga, no Vale do Aço. Criada em família tradicionalmente católica, seus dons eram interpretados à época como manifestações psicóticas e passou quase toda a infância em tratamento psiquiátrico e internações em manicômios, onde permaneceu até os 13 anos, quando foi apresentada ao candomblé. Segundo a médium, em entrevista ao Estado de Minas em dezembro de 2019, depois de ser iniciada, passou a ter mais controle sobre suas visões e pressentimentos.
 
O falecimento foi comunicado, em nota, pela presidente do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (Cenarab), Makota Celinha,  "com imensa tristeza, que comunicamos o falecimento de Mameto de Nkise Oyacibelecy, nossa Mãe Rita, nossa benzedeira, nossa amiga e guerreira, ocorrido na manhã deste domingo, dia 18 de abril, na cidade de BH."
 
"Mãe Rita, foi iniciada por Tateto Kisandamogy, Pai Xodó, e sempre foi destas mulheres à frente de seu tempo. Um coração, uma simplicidade, uma generosidade ímpares. Estamos aqui emocionados e muito tristes", declarou Makota Celinha. 
 
O velório será nesta segunda-feira (19/04), às 8h, no cemitério Bom Jesus, com limitação para 10 pessoas. O enterro será às 9h no cemitério São Pedro.  

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