
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e Região (STTRBH), Paulo César da Silva, destaca que os equipamentos de proteção da categoria se resumem apenas a máscara e álcool em gel, enquanto os profissionais têm contato constante com dinheiro no momento de cobrar a passagem. “Nosso risco é iminente”, afirma.

Na área da educação, atua em Minas cerca de 400 mil profissionais, entre professores, pedagogos e diretores de escolas, que também querem ser vacinados o quanto antes. “É importante a vacinação dos trabalhadores, mas é importante também a vacinação da população que está no entorno da escola, da comunidade escolar como um todo”, diz a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE), Denise Romano.

A prefeitura já anunciou a inclusão desses trabalhadores no plano de vacinação, mas não previu datas. “O sindicato vem cobrando a vacinação de alguns setores no plano municipal, o que foi feito. Agora, a nossa expectativa é de que a vacinação possa se dar com mais agilidade para que a gente tenha mais segurança no dia a dia, na garantia da vida desses trabalhadores”, observa Israel Moura.”

Prevenção
No setor privado, os donos de supermercados, setor considerado essencial e que mantém lojas abertas desde o início da pandemia, pedem a imunização de seus empregados. No último dia 25, o governador Romeu Zema (Novo) recebeu o presidente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Alexandre Poni, fez apelo para a inclusão dos empregados no setor entre os grupos prioritários de vacinação, independentemente das medidas de prevenção já tomadas para evitar a disseminação do coronavírus.
“Entendemos a necessidade de outros profissionais, mas nós precisamos da vacina também. Os nossos funcionários estão no front”, justifica Alexandre Poni. Ele manifestou preocupação também com a proteção dos trabalhadores em relação ao deslocamento no transporte público. “A redução na oferta de ônibus em certos horários provoca aglomeração de passageiros e expõe os profissionais a risco maior.”
