Após o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciar o retorno das atividades não essenciais a partir de quinta-feira (22/4), nenhum setor comemorou tanto quanto o das escolas de educação infantil. Fechadas desde março do ano passado, as unidades poderão reabrir as portas a partir da próxima segunda-feira (26/4).
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A volta às aulas foi muito comemorada pela presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), Zuleica Reis, que lembrou as enormes perdas no setor, além do prejuízo para as crianças ao aderir à educação remota.
“As escolas particulares de Minas Gerais vêm sofrendo terrivelmente por causa de mais de um ano de fechamento. É o único serviço que não foi reaberto. A reabertura das escolas de educação infantil, a partir do dia 26, é uma vitória, um alívio, um alento, pois mais de 40% das escolas de educação infantil encerraram suas atividades de forma definitiva. Muitas unidades não tiveram nem sequer um aluno matriculado em 2021, porque as famílias não aceitam ensino remoto”, explica Zuleica.
Segundo ela, escola é prioridade, não pode ser fechada, nem permanecer fechada por tanto tempo. "Inúmeras vezes buscamos soluções, mas hoje temos a alegria de dar o primeiro passo. As crianças de 0 a 5 anos não conseguem ficar por tanto tempo com atividades remotas. Isso vai aliviar as escolas e muitas famílias que não têm condições de fazer acompanhamento pedagógico", complementa a presidente do sindicato.
Alguns pais e professores fizeram uma série protestos exigindo a volta das aulas presenciais, mas, diante do aumento dos casos de COVID-19, a medida foi represada pela Prefeitura de BH.
Zuleica recorda que muitas crianças e adolescentes vivem problemas psicológicos com o longo tempo sem aulas presenciais.
“Saio daqui com o primeiro passo, porque sabemos que o nível que as crianças e adolescentes vem sofrendo com a demora na reabertura das escolas é terrível, tanto em questões emocionais, quanto em questões psíquicas. Temos acompanhado levantamentos médicos que mostram como as crianças sofrem nesse momento. Ultrapassamos um ano com as escolas fechadas.”
Zuleica também pede que professores sejam incluídos como prioridade no Programa Nacional de Imunização (PNI), do governo federal. Atualmente, apenas pessoas do grupo de risco, profissionais de saúde, indígenas e idosos instalados em asilos têm direito à vacina contra a COVID-19 primeiro que os demais.
“Vamos receber alunos e famílias com todos os protocolos sanitários exigidos e com cuidados com os professores. A próxima meta que trabalhamos com o município e com o estado é a vacinação dos professores. Estamos mapeando as escolas e a próxima meta é a vacinação dos profissionais da educação.”
A prefeitura alegou que continuará seguindo à risca o que determina o Ministério da Saúde e vai aguardar uma decisão posterior acerca da imunização de profissionais de educação.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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