O laboratório Cristália anunciou que investiu R$ 40 milhões em sua unidade em Pouso Alegre, no Sul de Minas, para a produção de medicamentos muito demandados atualmente para o tratamento de pacientes graves de COVID-19, o chamado kit intubação. O recurso foi utilizado na aquisição e instalação de um equipamento de última geração da marca alemã Groningen, especializada em maquinário para envase. A nova linha de produção terá capacidade para 1,5 milhão de frascos por mês e já está em operação.
De acordo com Ricardo Pacheco, presidente executivo do Cristália, o laboratório, que é líder nacional em anestesias e atende cerca de 95% dos hospitais brasileiros, decidiu encomendar o equipamento em 2020, logo que surgiu o surto de COVID-19 no país, já prevendo a possibilidade de aumento da demanda por anestésicos. “A nova linha de produção não apenas aumenta a nossa capacidade como também dará mais agilidade a todo o processo”, destaca o executivo.
Pacheco explica que o envase desse tipo de medicamento costuma ser feito em quatro etapas, em diferentes equipamentos. “A nova máquina faz a lavagem e esterilização dos frascos, envasa o medicamento e ainda coloca a tampa dos frascos ampola”, detalha. Isso não apenas reduz o tempo de produção, mas aumenta ainda mais a segurança de todo o processo.
A nova linha terminou de ser montada em março, sob a supervisão de uma equipe de engenheiros alemães da Groninger, e começou, esta semana, a produção do opioide Fentanest, medicação utilizada em indução e manutenção de anestesia geral. Esse medicamento tem sido muito demandado no tratamento de pacientes graves de COVID-19.
A unidade do Cristália de Pouso Alegre é uma das mais modernas da América Latina. Com 16 mil m² de área construída, é uma das maiores plantas do continente latino-americano dedicada a soluções parenterais de grande volume, com soluções fisiológicas, glicosadas, glicofisiológicas, entre outras. Passará, a partir de agora, a produzir também anestésicos “Todos os produtos da planta de Pouso Alegre são para uso exclusivo de hospitais, o que também facilitará a logística de distribuição”, finaliza Pacheco.