O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), e o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), participam, nesta terça-feira (20/4), de uma palestra organizada pela Impulso, para falar sobre os desafios e aprendizados do lockdown no Brasil.
Os dois prefeitos ficaram conhecidos nacionalmente durante a pandemia de COVID-19 por manterem medidas restritivas para conter as infecções do novo coronavírus.
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Linha do tempo: confira quantas vezes Kalil fechou BH durante a pandemiaKalil: 'Conversar com Bolsonaro só se for com sinal de fumaça'Kalil sobre BH na pandemia: ''Não há nenhum município em condição melhor"Kalil: 'Classe média alta de BH achou que plano de saúde era vacina'Kalil vem chamando atenção dos brasileiros por suas decisões durante a pandemia. O nome do prefeito da capital mineira chegou até mesmo a ser cotado para vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2022.
Quem não gostou muito foi o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que já citou o nome de Kalil muitas vezes. O presidente é contra as medidas de restrição.
Na tarde de ontem, Bolsonaro voltou a falar de Kalil. Em declaração na portaria do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, Bolsonaro afirmou: “Dizem que não estou preocupado com a vida, que sou genocida. Prefeituras deitaram e rolaram no ano passado com o lockdown. E o povo reelegeu esses caras. Olha BH, reelegeram", afirmou.
Durante coletiva para anunciar mais uma retomada, questionado sobre uma conversa direta com o presidente, o prefeito afirmou que “só por sinal de fumaça”. “Eu sou prefeito de Belo Horizonte. Se o governador de São Paulo não consegue, se o governador do Rio de Janeiro não consegue...Bolsonaro não me recebe, só se for por sinal de fumaça”, disse.
BH teve, desde o início da pandemia, 16 flexibilizações e seis fechamentos. Todas as vezes em que o termômetro do painel da COVID registrou o aumento de infecções e ocupações de leitos, Kalil voltou atrás.
Já Edinho Silva, chamou a atenção após o lockdown de Araraquara confirmar ser positivo para cidade no interior de São Paulo. O confinamento foi de 21 de fevereiro a 2 de março, e houve queda no número de diagnósticos positivos da doença, internações e óbitos.
O número de casos confirmados em 15 dias caiu 66,2%: de 2.361 (de 7 de fevereiro a 21 de fevereiro), para 799 (de 30 de março a 11 de abril.
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No lockdown realizado em Araraquara, estavam autorizadas a funcionar apenas farmácias e unidades de saúde de urgência e emergência. Foi proibida a circulação de veículos e de pessoas na cidade. Era permitido sair de casa apenas para aquisição de medicamentos, obtenção de atendimento ou socorro médico para pessoas ou animais e serviços de urgência ou necessidades inadiáveis.