Pelo segundo ano consecutivo, a cerimônia do Dia de Tiradentes, que relembra a Inconfidência Mineira, que completa 233 anos, precisou ser reduzida em função da pandemia da COVID-19.
Assim como no ano passado, o governo de Minas Gerais realizou uma cerimônia simbólica na Praça Tiradentes, na cidade histórica de Ouro Preto, Região Central do estado. Nesta data, a capital do estado é transferida para o município.
O ato simbólico começou às 7h, sem a presença de autoridades e público. De máscara e seguindo as regras de distanciamento social para evitar o coronavírus, um Dragão da Inconfidência conduziu uma coroa de flores até o monumento de Tiradentes, no centro da praça. O trajeto é feito sobre um tapete de serragem que vai do Museu da Inconfidência até o monumento.
Um corneteiro da Banda Sinfônica do Corpo de Bombeiros executou o toque de silêncio e, depois, a Pira da Liberdade foi acesa na praça.
O poema "Romance XXXV ou do Suspiroso Alferes", publicado no Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles, foi lido na cerimônia. A composição homenageia a luta dos inconfidentes.
Assim como no ano passado, não houve entrega da Medalha da Inconfidência como medida de prevenção à COVID-19. A premiação foi criada por Juscelino Kubitschek em 1952 para homenagear pessoas e instituições que contribuem para Minas Gerais. É a mais alta comenda do governo.
Na noite passada (20/4), como parte das celebrações, foi inaugurada a iluminação verde no Museu da Inconfidência para saudar os profissionais da saúde que atuam no combate à pandemia. Essa iluminação será mantida até a noite de hoje.