A Prefeitura de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), receberá nesta quarta-feira (21/4), estoque de oito mil ampolas do medicamento Rocurônio, do chamado “kit intubação”, utilizado para tratamento de pacientes com COVID-19 internados em estado grave. A situação do estoque estava crítica e o município optou por adquirir por meio de importação e custeou com recursos próprios. O valor investido na compra foi de cerca de R$ 540 mil.
O rocurônio é um bloqueador neuromuscular de ação rápida, que promove relaxamento do corpo, preparando o organismo para receber a introdução de tubos e impedindo a reação natural de expulsá-los. Por essa razão, é fundamental para procedimentos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), como a respiração artificial.
O secretário municipal de Saúde, Augusto Viana, afirma que a chegada do Rocurônio possibilitará um fôlego à situação crítica do estoque do medicamento em Betim. Ele explica que a União tem requisitado aos fabricantes e fornecedores os medicamentos que compõem o kit e retido a distribuição dos mesmos. “Por conta disso, o município tomou a frente e buscou a importação do remédio”.
Viana ressalta ainda que Betim segue buscando meios para abastecer o estoque também escasso de outros medicamentos que compõem o kit. “O município continua as tratativas para obter outros remédios do kit. Entendemos que, da forma como a União e o Estado têm conduzido o processo, assumindo a centralidade da distribuição, a responsabilidade pelo abastecimento é de ambos. Porém, o município segue buscando a importação desses fármacos para garantir assistência aos pacientes. A situação é crítica e ainda há procura elevada por leitos de UTI, com isso, o kit intubação é item indispensável, mas estamos nos esforçando diuturnamente para buscar a estabilidade da situação”, pontua o secretário.
O último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde na terça-feira (20/4), consta que dos 90 leitos clínicos destinados ao tratamento da COVID-19 em Betim, 81 seguem com pacientes o que representa 90% de ocupação. Dos 120 leitos de UTI, 109 estão sendo utilizados, uma taxa de 91% de ocupação.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
A cidade acumula 23.827 casos confirmados da doença, sendo 22.269 já recuperados e 809 mortes.