A esperança de retornar com as atividades e ter incremento de clientes nesta quinta-feira (22/04), primeiro dia de reabertura de atividades não essenciais em Belo Horizonte, não será possível plenamente para duas lojas destruídas por um caminhão desgovernado, no fim da tarde de quarta-feira (21/04), no Buritis (Região Oeste).
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Na manhã desta quinta-feira, um caminhão da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e operários da empreiteira prestadora de serviços ao município auxiliaram na remoção da carga e de escombros nas ruas e no centro comercial atingido.
Uma equipe da Copasa também trabalhou desde cedo na Avenida Henrique Badaró Portugal e restabeleceu o fornecimento de água que tinha sido interrompido, uma vez que o acidente provocou vazamentos e as tubulações precisaram ser fechadas.
A mesa e a cadeira do escritório da gerente de imobiliária Cristina Pereira, de 45 anos, ficavam de frente para a Avenida Aggeo Pio Sobrinho e estariam prontas para receber muitos clientes nesta quinta-feira. Mas, após o acidente, o local de trabalho dela foi desintegrado. “Hoje (quinta-feira), seria nosso primeiro dia de retorno do teletrabalho. Se o escritório estivesse cheio, teria sido uma tragédia ainda maior. Eu poderia não estar mais aqui”, disse Cristina.
A loja onde funcionava a imobiliária foi abalada e a Defesa Civil de Belo Horizonte instalou escoras para que não desmoronasse. Para que não perdessem completamente o movimento de reabertura, o condomínio forneceu uma outra loja que estava vazia para a atividade prosseguir.
“Não é a mesma coisa. A nossa loja, era de frente, todo em vidro. Todos que passassem pela avenida poderiam ver o escritório. Agora, estamos numa loja mas interna. No estacionamento, menos visível. Mas, pelo menos, vamos poder voltar a trabalhar. Ainda não há uma estimativa de quando os reparos serão feitos. Perdemos muitos móveis, equipamentos, contratos informações. A documentação foi a pior perda”, avalia a gerente.
A papelaria de Mauricio Juntolli, de 52, teve uma das paredes destruída e ficou coberta por destroços e fragmentos de vidro. “Não sei se o comércio vai melhorar correr abertura para mim. Sei que há uma esperança. Mesmo com todo o estrago e toda dificuldade, acordei bem cedo para vir aqui arrumar tudo. Foram vizinhos que me avisar sobre o acidente. No mesmo dia vim para cá para já tentar organizar as coisas para poder funcionar hoje”, disse o comerciante que ainda não estimou seus prejuízos.