Termômetro do comércio em Belo Horizonte, o Centro da capital mineira voltou a pulsar, com as calçadas cheias de pessoas circulando, carrinhos transportando mercadorias e ambulantes procurando clientes. Nesta quinta-feira (22/04), primeiro dia de reabertura de atividades não essenciais, contudo, a falta de dinheiro e o desemprego ainda não se traduziram em um retorno pleno de vendas pre-pandemia.
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Veja a lista dos 21 criminosos mais procurados de Minas GeraisEm Uberaba, pessoas com mais de 70 já não são maioria na ala de UTIs/COVIDLojas atingidas por caminhão não reabrem, no dia da volta do comércio em BHcoronavirusbhCentro de BH tem movimento intenso, no primeiro dia de reaberturaApós greve de motoristas em BH, passageiros têm volta para casa mais rápidaCOVID-19: confira medidas que lojas devem adotar para proteger consumidorReabertura de bares e restaurantes em BH teve movimento fraco para almoço“O salão voltou a funcionar, e agora vai ser sem horário, já que é pra não juntar muita gente. Então estou reforçando os produtos que vamos ter que usar no salão para aproveitar. Por isso vim bem cedo. Ainda não está na hora de poder comprar coisas para mim, porque o dinheiro está curto. Mas se continuar assim depois vou voltar aqui para comprar roupas, presentes e brinquedos”, disse Marta.
Aos poucos, os restaurantes da região começaram a receber de volta a clientela do Centro, também ainda em ritmo reduzido. O tradicional Café Palhares, que sempre teve fila no horário do almoço, ainda não registrou um retorno substancial e a expectativa é de demora. “Antes da pandemia a gente vendia 400 pratos por dia. Quando fechou e ficou no delivery, passou para 70. Agora, acho que podemos chegar a 150”, afirma João Lúcio Ferreira, um dos proprietários.
Ao lado do outro proprietário, André Palhares, eles prepararam o estabelecimento com divisórias de acrílico móvel para permitir distanciamento entre clientes e pontos de higienização. “É uma glória rever os rostos dos nossos clientes aqui dentro. Porque trabalhamos com prato único e nossos clientes são 80% fixos e só 20% de turistas. Esperamos que todos possam voltar aos poucos”, disse Ferreira. “O retorno do comércio deve também trazer para os restaurantes os funcionários e clientes dos estabelecimentos que precisam de alimentação. Estamos prontos para recebê-los”, disse Palhares.
Apesar do movimento nas calçadas ter se ampliado, nem todos os comerciantes sentiram de imediato o retorno da clientela. “Nós ficamos fechados sem movimento, tendo de pagar o aluguel. Espremendo a s economias. Reabrimos. Foi bom. Mas ainda está fraco. Vai demorar um tempo, porque as pessoas estão sem dinheiro, muitos desempregados. Dentro de uns dois meses, se continuar aberto a gente tem uma melhora”, afirma o comerciante João Paulo de Carvalho Chaves, proprietário de loja de roupas na Rua Rua Curitiba.
CALÇADAS
No hipercentro, as calçadas tinham um volume ainda maior de pessoas transitando em todas as direções, com sacolas de várias lojas, mas ainda assim isso não se traduziu inteiramente em vendas expressivamente melhores. Muitos ambulantes também aproveitaram a ampliação do fluxo com o fim das restrições e trouxeram suas bancas para os passeios aproveitando esse movimento.
Nos shoppings populares o movimento também foi bom. Shopping Oi, Xavantes UAI e vários outros centros de compras registraram um grande movimento. Nas entradas só se tem acesso de máscara, após aferição de temperatura com termômetro e o recolhimento de uma ficha de controle de lotação.
“Foi muito difícil ficar mais de um mês parado, só tentando vender on-line. Agora que voltou, o jeito é se desdobrar e aproveitar ao máximo. Tem de atender bem o cliente, chamar ele para o Box, atenderei com o que ele precisa para ficar bem feliz e satisfeito e voltar sempre”, afirma o vendedor de voz de óculos do Shoppinng Xavantes, Leonardo Ronan dos Santos.
As promoções para o Dia das Mães também começaram a despertar a atenção dos consumidores, ainda arredios a visitar muitas lojas presencialmente. “Nesse tempo de fechamento, que a gente viu os hospitais muito cheio e a doença para todo lado, preferimos ficar mais em casa, só saindo para comprar o essencial mesmo: supermercado, farmácia ou o mantimento o outro. Agora é a hora de a gente até pesquisar um presente de dia das mães melhor. Antes de um poucas lojas abertas. Agora tem muitos os preços estão melhores. Mto estão fazendo promoções para aproveitaria a gente ganha com isso”, afirma a professora Rita Duarte Caldas, de 46 anos.
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O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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