Depois de professores e servidores administrativos da rede pública de Belo Horizonte anunciarem prorrogação da greve sanitária, a prefeitura da capital, em publicação no Diário Oficial do Município (DOM) desta sexta-feira (23/4), convocou todos os profissionais da educação infantil para o retorno presencial nas escolas a partir de segunda-feira (26/4), ainda para atividades internas.
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As instituições particulares infantis também estão liberadas a retornam ao ensino presencial infantil na segunda-feira, após um ano fechadas.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Smed), os docentes da educação infantil devem cumprir a jornada de 4 horas diárias de trabalho presencial, em regência de classe, em até 3 dias por semana, preferencialmente consecutivos, em cada vínculo funcional que possuir.
O restante da jornada será automaticamente considerado como atividade extraclasse, ficando dispensado do registro no relatório semanal de atividades.
Já os servidores administrativos, devem manter a secretaria funcionando das 8h às 17h. Caso dentro da mesma escola haja mais de um assistente administrativo educacional, o Executivo municipal determina que os servidores criem uma escala de trabalho de revezamento igualitário entre eles.
A regra também se aplica a outros servidores administrativos que fizerem parte do quadro efetivo da escola.
A exceção para a convocação é dada somente para os trabalhadores da educação que são grupo de risco para o novo coronavírus e que ainda não foram vacinados. São eles:
- Gestantes;
- Com idade igual ou superior a 60 anos;
- Com comorbidades comprovadas por perícia médica;
- Readaptação funcional, independentemente da idade ou de pertencimento a grupos de risco para a COVID-19.
Segundo a prefeitura, servidores em cargos comissionados deverão atuar em escala de revezamento, alternando períodos presenciais e de teletrabalho. A recomendação é que a volta às atividades presenciais seja dada aos servidores com menos de 60 anos e não pertencentes a grupos de risco.
Ainda conforme a publicação, a retomada das atividades presenciais deverão ser realizadas em conformidade com as medidas sanitárias de prevenção da COVID-19.
Greve sanitária
Menos de 24 horas antes, em assembleia on-line do Sindicato dos Trabalhadores de Educação da Rede Pública de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH), os servidores haviam decidido pela continuação do trabalho apenas de forma remota. De acordo com os organizadores, a reunião desta quinta-feira (22/4) contou com a participação de mais de 2 mil profissionais da rede pública.
Um dos argumentos defendidos pela entidade é que, mesmo com as propostas oferecidas pela Smed de técnicas para distanciamento social e prevenção da transmissão do coronavírus, como, por exemplo, a divisão por grupo de alunos em salas específicas para evitar contato físico, não há garantias de que as medidas serão efetivas.
“As escolas têm áreas comuns, como corredores e banheiros. Não conseguimos garantir que os pais não vão mandar crianças febris para a escola. Não conseguimos garantir o uso de máscara durante as quatro horas. Não conseguimos garantir que não haverá compartilhamento de materiais e alimentos”, afirma Vanessa Portugal, sindicalista do Sind-Rede/BH.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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