Um novo laudo atestou que a árvore da espécie conhecida como Pau d´Óleo (Copaíba), do Bairro Vista da Serra, em Caeté, está sadia. A ONG Macaca contratou a empresa Biosfera Consultoria Ambiental, que comprovou que a árvore não precisa ser cortada, pois não oferece risco de queda.
O documento foi enviado à Prefeitura de Caeté, que segue aguardando decisão do Ministério Público. O impasse entre os moradores e o Poder Executivo sobre o corte dessa árvore vem ocorrendo há cerca de 10 dias.
O documento foi enviado à Prefeitura de Caeté, que segue aguardando decisão do Ministério Público. O impasse entre os moradores e o Poder Executivo sobre o corte dessa árvore vem ocorrendo há cerca de 10 dias.
"O indivíduo não possui risco de queda iminente e pode ser mantido", concluiu o diagnóstico assinado por dois biólogos e encaminhado à Prefeitura de Caeté, Câmara de Vereadores, Ministério Público, Corpo de Bombeiros e OAB Caeté, cumprindo o que foi acordado com a Secretaria de Meio Ambiente em 16 de abril.
O laudo concluiu que a árvore está com vigor normal e estado fitossanitário ‘’bom’’. Constam folhas jovens, ramos verdes até as suas pontas, casca normal do tronco e sem pontos de sinal de declínio fitossanitário. Não há raízes seccionadas. Não há sinais de lenta inclinação para qualquer direção específica. Não há desprendimento do colo da árvore (base do tronco) com o solo do entorno.
Observaram-se também bifurcações em ‘’u’’, as quais são consideradas mais fortes em comparação às bifurcações em ‘’v’’. Dessa forma o risco de fraturas e subsequente queda de galhos de grande porte é baixo. Não há conflito com as redes elétricas.
Observaram-se também bifurcações em ‘’u’’, as quais são consideradas mais fortes em comparação às bifurcações em ‘’v’’. Dessa forma o risco de fraturas e subsequente queda de galhos de grande porte é baixo. Não há conflito com as redes elétricas.
Moradores e ONG’s envolvidos na defesa da árvore encaminharam também ofício à prefeitura pedindo que o corte seja "de imediato e definitivamente cancelado" e que esta decisão seja comunicada num prazo de 24 horas.
O diagnóstico, segundo Maria Teresa Corujo (Teca), ambientalista e membro do Movimento Ambiental, Cultural e Artístico de Caeté (MACACA), confirma que a determinação do corte foi feita sem embasamento técnico tanto pela fiscal da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Caeté quanto pela tenente do Corpo de Bombeiros Militar.
"O resultado é alegria demais! Ela tá verde, tá linda! O diagnóstico só mostrou o que a gente tava vendo. Os galhos que foram retirados estavam sadios", lembrou Paula Godinho Gonçalves, 25 anos, que mora na casa em frente à árvore desde que nasceu. Seu pai, João Osório, foi o primeiro morador da região e, segundo ela, comprou o lote em 1980 para preservar o Pau d'Óleo.
Por nota, a Prefeitura de Caeté disse que a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente recebeu a cópia do laudo feito a pedido da ONG Macaca, mas que ainda não houve decisão sobre o assunto.
“Como já dissemos em outra oportunidade, junto ao Ministério Público, Corpo de Bombeiros e à própria ONG, estamos realizando reuniões deliberativas sobre o tema. Aguardamos o posicionamento da Justiça e o que for decidido será acatado pelo governo municipal”.
“Como já dissemos em outra oportunidade, junto ao Ministério Público, Corpo de Bombeiros e à própria ONG, estamos realizando reuniões deliberativas sobre o tema. Aguardamos o posicionamento da Justiça e o que for decidido será acatado pelo governo municipal”.
Entenda o caso
Moradores da rua Antônio Duarte, no Bairro Vista da Serra, em Caeté, se revoltaram com a Secretaria de Meio Ambiente da cidade que, no começo de abril, autorizou o corte de uma centenária árvore de Pau D’Óleo (Copaíba).
Os moradores iniciaram um movimento que obteve logo a adesão de moradores e entidades da cidade, como o Movimento Ambiental, Cultural e Artístico de Caeté (MACACA), a Associação dos Escritores e Restauradores de Caeté (ADERC) e a Sociedade Galdina Protetora dos Animais e da Natureza de Caeté (SGPAN).
Os moradores iniciaram um movimento que obteve logo a adesão de moradores e entidades da cidade, como o Movimento Ambiental, Cultural e Artístico de Caeté (MACACA), a Associação dos Escritores e Restauradores de Caeté (ADERC) e a Sociedade Galdina Protetora dos Animais e da Natureza de Caeté (SGPAN).
Graças a esta mobilização, o corte da árvore foi temporariamente suspenso. Os moradores e a ONG Macaca fizeram vaquinha para uma empresa especializada para dar parecer técnico sobre a árvore.
Os moradores das casas vizinhas à árvore, marco de identidade e referência da comunidade, existente no lugar muito antes da implantação do bairro, conforme testemunhos de pessoas de mais de 80 anos, não querem seu corte.
Posteriormente, ficaram sabendo que um morador da rua fez a solicitação do corte através da Associação dos Amigos do Bairro Bonsucesso, que fica ao lado do Bairro Vista da Serra, ao presidente da Câmara de Vereadores de Caeté.
Posteriormente, ficaram sabendo que um morador da rua fez a solicitação do corte através da Associação dos Amigos do Bairro Bonsucesso, que fica ao lado do Bairro Vista da Serra, ao presidente da Câmara de Vereadores de Caeté.