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Belo Horizonte registrou a morte de mais uma criança por causa da COVID-19 nesta sexta (23/4). A vítima tinha entre 1 e 4 anos e tinha algum fator de risco ligado à doença. O boletim epidemiológico, no entanto, não confirma o sexo, a comorbidade nem a idade exata dela.
Nesta sexta, o balanço da prefeitura traz um aumento de 69 óbitos pela doença. Com mais esses, a cidade soma 4.105 no total – 881 somente neste mês de abril, o recorde dede o início da pandemia.
O balanço da prefeitura não detalha qual variante causou a morte da criança, mas pesquisadores e profissionais de saúde têm observado uma mudança no perfil das vítimas da COVID-19 com o surgimento das novas cepas, com os jovens mais vitimados.
No início de março, em entrevista coletiva, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) chamou atenção para esse fato. “Não estamos mais falando de jovens de 40 anos, 30 ou 35 não. São crianças internadas. Nós mudamos de patamar. A morte de 95, 98 ou 99, por mais que doa na família, não é a morte de 40, de 30, de 3 ou de 2 anos”, disse.
Essa foi a terceira vida perdida pela doença entre 1 e 4 anos em BH. A prefeitura também já computou uma morte entre 10 e 14, outra entre 15 e 19, 94 de 20 a 39 e 616 no intervalo entre 40 e 59.
A imensa maioria dos óbitos continua da população idosa, acima dos 60: 3.390, o mesmo que 82,57% do total.
Indicadores
A cidade registrou diminuição nos índices de ocupação dos leitos de UTI e de enfermaria para COVID-19 nesta sexta.
No caso da terapia intensiva, houve uma leve queda de 82% para 81,8%. Já nas unidades clínicas, a diminuição foi de 59,9% para 58,6%.
Ainda assim, as duas estatísticas permanecem nas mesmas zonas de risco do boletim dessa quinta (22/4). As enfermarias na fase de alerta e as UTIs no estágio crítico da escala de risco.
A preocupação paira sobre os leitos de UTI da rede pública. A ocupação é de 90,9%. Das 570 camas disponíveis, apenas 52 não abrigam pacientes.
Já o número médio de transmissão por infectado está em 0,93. O chamado fator RT apresentou alta, já que media 0,92 no balanço anterior. Porém, continua na fase controlada da escala de risco, abaixo de 1.
Por outro lado, a flexibilização do comércio iniciada nessa quinta chama a atenção para a possibilidade de aumento nesse parâmetro nas próximas semanas.
Como o EM mostrou, das 14 reaberturas promovidas pela prefeitura desde agosto do ano passado, em oito houve crescimento da estatística duas semanas depois. Nas duas semelhantes à atual, nas quais houve flexibilização do comércio em geral, o RT disparou logo na sequência.
O que é um lockdown?
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
- CoronaVac/Butantan
- Janssen
- Pfizer
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Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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