A SOS Gatinhos do Parque, grupo de voluntários que cuida dos felinos do Parque Municipal de BH, garante que os animais não estão com raiva. A prefeitura começou a vaciná-los nesta semana contra a virose, depois que um gambá com suspeita da enfermidade foi encontrado nas dependências do equipamento público.
“Agora, mais do que nunca, precisaremos do apoio e colaboração de todos vocês! Até mesmo para cuidarem de que informações desencontradas e maldosas girem pelas redes sociais, fazendo com que aconteça ainda mais abandonos ou maus-tratos”, escreveu o grupo no Instagram.
De acordo com a SOS Gatinhos do Parque, boa parte dos cuidadores não pode mais entrar no equipamento público localizado no coração da capital mineira.
Isso porque a prefeitura exige apresentação de um laudo clínico para comprovar que essa pessoa está protegida contra a raiva.
O esquema vacinal da raiva prevê quatro doses. Já o teste sorológico, segundo a entidade, não é oferecido pelo SUS-BH. Portanto, o cuidador precisa fazê-lo na rede privada, onde o exame custa cerca de R$ 270.
"Neste momento é importante ressaltar que não há nenhum registro de felino contaminado com o vírus da raiva. O projeto continua com a administração e logística das rações doadas", informou a SOS Gatinhos no Parque em comunicado.
O que diz a prefeitura?
Nessa terça (20/4), agentes da Prefeitura de Belo Horizonte deram início aos trabalhos de captura dos gatos no Parque Municipal. Até que seja feito um controle, o parque vai ser o único na capital a permanecer fechado.
A Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica e a Secretaria Municipal de Saúde informaram ao Estado de Minas que as causas do óbito do gambá estão ainda em investigação.
"Por causa de um gambá, vamos vacinar 2 mil gatos. Já iniciamos esse processo", disse o prefeito Alexandre Kalil (PSD) em coletiva nessa segunda (19/4).
Segundo a prefeitura, o plano de manejo dos gatos do parque já inclui nos trabalhos de rotina a castração e a vacinação desses animais. Também é feita a identificação com microchip para monitoramento de dados sanitários de cada um.
Com informações de Natasha Werneck