Pela primeira vez na história, a UFMG foi a apontada como a universidade federal mais bem avaliada do Brasil, de acordo com o Índice Geral de Cursos (IGC) 2019, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Na classificação, o IGC abrangeu 2.070 instituições de ensino superior, montante que representa cerca de 80% das instituições ativas atualmente no país.
A UFMG mantém IGC 5 (as faixas variam de 1 a 5) desde 2007, quando o índice foi criado. Na edição de 2019, a instituição alcançou o valor 4,3025 no levantamento, o mais elevado entre todas as federais do país.
O Inep apontou que, entre as universidades, a UFMG só foi superada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Consideradas todas as instituições públicas, incluindo estaduais, municipais e institutos, a UFMG obteve a quarta colocação.
O Instituto Militar de Engenharia (IME), com 4,4591 no índice contínuo, aparece em primeiro lugar, seguido da Unicamp, com 4,4250, e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com 4,3566.
“Vale ressaltar que institutos são organizações bem diferentes das universidades e contam, inclusive, com menos cursos em sua estrutura acadêmica”, pondera a professora Viviane Santos Birchal, diretora de Avaliação Institucional da UFMG.
Construído com base em uma média ponderada das notas dos cursos de graduação e pós-graduação de cada instituição, o IGC é o principal indicador utilizado pelo Ministério da Educação (MEC) para atestar a qualidade das instituições, envolvendo seus cursos de graduação, mestrado e doutorado, sejam públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, municipais, estaduais ou federais.
Índices
O índice serve, entre outras coisas, de referência para a definição de políticas públicas e para os processos de autoavaliação institucional, além de ser utilizado pelo MEC como requisito, critério seletivo ou de distinção em seus processos,
“O cálculo do IGC engloba a média do Conceito Preliminar de Curso (CPC) do último triênio avaliado (2017-2018-2019), a média dos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu da instituição, com base em dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e a distribuição dos estudantes entre os diferentes níveis de ensino (graduação ou pós-graduação stricto sensu)”, explica Viviane.
“O resultado do IGC reforça o que foi alcançado quando a UFMG passou pelo processo de Recredenciamento Institucional em 2017, obtendo Conceito Institucional (CI) também máximo igual a 5”, contextualiza a diretora.
A diretora de Avaliação Institucional ressalta, ainda, que a UFMG destacou-se particularmente no conceito médio do doutorado, que forma, junto com o conceito médio de mestrado e com o CPC, o Índice Geral de Cursos (IGC) – o valor alcançado foi 4,9394, o maior entre as universidades federais avaliadas.