A prefeitura de Itajubá, no Sul de Minas, confirmou a presença da variante da COVID-19 P.1 de Manaus (AM) no município. A confirmação aconteceu depois de amostras de material genético suspeito, recolhido em pacientes de Itajubá, ser analisado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP). O estudo teve a participação de equipes do Hospital de Clínicas da cidade mineira.
O resultado mostrou mutações no material genético, confirmando a presença da cepa variante do novo coronavírus, associada a uma maior taxa de transmissão, sendo cerca de 1,7 a 2,4 vezes mais transmissível que as cepas anteriores.
Diante da confirmação da variante, o município solicitou ao Governo de Minas Gerais o sequenciamento do genoma completo do vírus SARS-CoV-2, mas ainda aguarda resposta.
Aumento de casos na cidade
De acordo com a Prefeitura de Itajubá, a confirmação da variante foi fator determinante para o aumento do número de casos de COVID-19 na cidade, principalmente no último mês de março.
O tempo de hospitalização dos pacientes e a alta do número de óbitos em Itajubá, índices semelhantes aos da capital do Amazonas, também chancelam o resultado do teste e reforçam a presença da nova variante.
De 1º de março a 24 abril Itajubá teve um aumento de 88% de novos casos de COVID, passando de 3.758 para 7.061. Já o número de mortes teve um aumento de 177%, passando de 117 para 325 óbitos no período.
Prefeitura alerta a população
A presença da P.1 de Manaus em Itajubá acende o alerta para a população redobrar os cuidados, afim de evitar a infecção pela nova cepa do coronavírus, especialmente por se tratar de uma variante ainda mais contagiosa e potencialmente perigosa.
Atente-se aos cuidados: pratique o distanciamento social, use máscaras, evite tocar olhos e boca e higienize as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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