Está previsto para às 13h30 desta terça-feira (27/4) o depoimento do promotor André Luís Garcia de Pinho, suspeito de matar a mulher, Lorenza Maria Silva de Pinho, em 2 de abril deste ano. Ele está preso desde 4 de abril em Belo Horizonte, em uma sede do Corpo de Bombeiros.
Segundo advogados do promotor, André deve ser ouvido na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, no Bairro de Lourdes, Região Centro-Sul da capital. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) já convocou dezenas de testemunhas do caso.
No último dia 22, foi a vez de Hércules Pinho, primo de André Luís. No dia 20, os investigadores ouviram o pastor Geovani Ferreira, que esteve no apartamento do casal no dia da morte de Lorenza. O pai e a tia de Lorenza, além da irmã gêmea dela, também já prestaram depoimento. O inquérito deve ser concluído até esta quinta-feira (29/4).
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) permanece sob sigilo. A certidão de óbito da vítima aponta que a causa da morte foi uma pneumonite provocada por alimento ou vômito, além de auto-intoxicação por exposição a drogas.
A defesa do suspeito sustenta que mulher se engasgou enquanto dormia sob efeito de medicamentos. Conforme os advogados, ela sofria de quadros depressivos desde a morte da mãe, há 10 anos e, por vezes, misturava remédios e bebidas alcoólicas.
A defesa do suspeito sustenta que mulher se engasgou enquanto dormia sob efeito de medicamentos. Conforme os advogados, ela sofria de quadros depressivos desde a morte da mãe, há 10 anos e, por vezes, misturava remédios e bebidas alcoólicas.
Relembre o caso
Lorenza Maria Silva de Pinho morreu em casa no Bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte. O marido alegou que ela havia se engasgasgado durante o sono, após tomar remédios.
No mesmo dia, logo após a confirmação do óbito por um médico, ele levou a esposa direto para a funerária e pagou pelo serviço de cremação. Familiares da vítima, no entanto, acionaram a Polícia Civil, que determinou que o corpo fosse encaminhado ao IML para a realização de exames. Legistas detectaram marcas na região do pescoço.
O casal tinha cinco filhos com idades entre 2 e 17 anos. Eles ficaram sob os cuidados do avô materno.
Histórico familiar conturbado
Segundo a Polícia Civil, o promotor e a mulher chegaram a registrar ao menos 30 boletins de ocorrência contra o irmão de André Luís, que é advogado, após sofrerem ameaças e violências diversas. Ele teria se tornado hostil pelo fato de não ter sido apoiado durante o processo de separação de sua ex-mulher.
Em 2012, André e Lorenza foram alvejados por tiros durante uma saída de carro. O irmão do promotor foi apontado como suspeito. Lorenza tinha uma medida protetiva contra ele.