Uma publicação nas redes sociais do Grupo de Apoio e Proteção aos Animais (Gapa) de Lagoa Santa, Região Metropolitana de Belo Horizonte, relata que uma ex-funcionária que trabalhava como veterinária da ONG invadiu a instituição em 19 de abril com sacos cheios de terra e começou a jogar nos animas, no canil e na portaria.
Além disso, a diretora da ONG acusa a veterinária de ameaça e agressão. Um vídeo foi publicado no facebook da instituição nesta terça-feira (27/04) e mostra como o local ficou após o suposto ataque.
Além disso, a diretora da ONG acusa a veterinária de ameaça e agressão. Um vídeo foi publicado no facebook da instituição nesta terça-feira (27/04) e mostra como o local ficou após o suposto ataque.
De acordo com a diretora jurídica e financeira do Gapa, Renata Tristão, a veterinária chegou no carro dela, que era conduzido por outra pessoa, foi até a porta do escritório, que estava aberta, porém com uma grade de segurança, abriu vários sacos e ao espalhar a terra gritava que era de cemitério.
"Os animais ficaram cobertos de terra, que se espalhou por todo o escritório, nas casinhas e comedouros, que ficam do lado de fora, e ao cometer a ação a ex-funcionária gritava e xingava os animais", disse.
Tristão também afirma que a veterinária jogou terra no carro dela, fez ameaças de morte e iniciou uma luta corporal, que foi interrompida pelo condutor do carro da ex-funcionária.
A veterinária, Maria Theresa Veloso Apocalypse, conhecida como Thetê Apocalypse, é uma das fundadoras do Gapa em Lagoa Santa. Em um vídeo gravado em outubro de 2020 pela diretora administrativa operacional do Gapa, Rita Brandão, e exibido nas redes sociais da instituição, Thetê é citada como uma grande referência na causa animal e, inclusive, estava se candidatando a vereadora de Lagoa Santa nas eleições.
Mas, segundo Renata Tristão, a veterinária foi avisada em outubro de 2020 que prestaria serviços na ONG até janeiro de 2021 e que os valor restante de serviços prestados de R$ 900 foi quitado em março.
“Estávamos insatisfeitos com o trabalho dela, inclusive fomos questionar um procedimento cirúrgico em que os pontos abriram e ela nos agrediu verbalmente, com muitos xingamentos”.
“Estávamos insatisfeitos com o trabalho dela, inclusive fomos questionar um procedimento cirúrgico em que os pontos abriram e ela nos agrediu verbalmente, com muitos xingamentos”.
Tristão ainda conta que mesmo após o acerto financeiro ela continuou recebendo ameaças da veterinária por meio de WhatsApp e, após o episódio do dia 19 abril, a diretora registrou o boletim de ocorrência.
No Boletim de Ocorrência (BO) consta que os militares foram até a residência da Thetê Apocalypse e, em contato com a veterinária, foi dito que já estava esperando a polícia chegar para relatar a versão dela.
Segundo o boletim, Thetê relata que Renata Tristão vem cometendo crimes contra a honra da veterinária que têm atingido sua reputação profissional ao falar para os clientes que ela não tem registro no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV).
Segundo o boletim, Thetê relata que Renata Tristão vem cometendo crimes contra a honra da veterinária que têm atingido sua reputação profissional ao falar para os clientes que ela não tem registro no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV).
Ainda segundo o boletim, a veterinária foi ao Gapa em 19 de abril para tirar satisfações sobre a difamação que gerou até o cancelamento de um serviço e também para cobrar R$ 900 que a ONG deve à profissional, quantia que a diretora jurídica afirma ter sido liquidada.
Por último, de acordo com o BO, ao saber que iria ter que acompanhar os militares até à Companhia de Polícia, a veterinária perguntou se era pela terra que jogou, “porque se for, então vou fazer coisa pior”, disse.
Procurada pela reportagem do Estado de Minas, a veterinária Maria Theresa Veloso Apocalypse conta que sofreu muito quando estava no Gapa, mas não queria entrar em detalhes e se pronunciaria após a publicação da reportagem por achar que a entrevista era uma armação da Renata Tristão.