A Umei Jardim Laguna, em Contagem, foi arrombada duas vezes em menos de uma semana. Na madrugada desta terça-feira (27/4) o centro de educação foi invadido e vandalizado por duas pessoas. Armários foram destruídos além de canetinhas, lápis e outros materiais pedagógicos roubados.
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Apenas uma pessoa foi vista pelas câmeras de segurança no arrombamento do dia 24, mas segundo a diretora da Umei, esse suspeito fez a maioria dos atos de vandalismo na escola: “A guarda está dando o apoio possível para descobrir quem foi. O de sábado foi quem mais depredou a escola, ontem também, porque quebraram todos os armários. Mas dia 24, colocaram fogo em 172 históricos escolares das crianças, além de 8 pacotes de folha branca, cada um com 500 unidades. E folha vale ouro em uma escola”.
Segundo Renata, os históricos queimados são extremamente importantes para as crianças que saem da educação infantil, ingressarem no ensino fundamental: “Quando as crianças não levam esse documento para as escolas de ensino fundamental, a matrícula é impedida. Esse histórico é a comprovação que essas crianças fizeram a educação infantil. Agora vamos ter que fazer tudo de novo, ficamos todo mês de janeiro fazendo para entregar”.
Além de documentos queimados no sábado, com o roubo desta madrugada a escola ficou completamente sem materiais pedagógicos, todas as canetinhas, lápis e até brinquedos foram levados. De acordo com a diretora, a Umei passou por uma reforma no ano passado e aguardava a volta dos alunos com novidades, como brinquedos novos instalados no parquinho, porém esses também foram depredados: “Quebraram brinquedos do parque! As crianças nem usaram ainda, porque foi instalado no ano passado”, lamentou Renata.
Na escola, nenhum quantia em dinheiro ficava guardada e ainda não se sabe a motivação dos crimes, nem a identidade dos autores. Há suspeita que os invasores desta terça eram menores de idade, uma criança e um adolescente, devido aos espaços que ambos conseguiram passar para entrar nas salas de aula.
Em nota, a Seduc também lamentou os dois crimes e afirmou que prestará todo o apoio necessário a comunidade escolar.
Para a diretora da unidade, os atos de vandalismo deixaram muita tristeza e mostraram a falta de empatia: “É preciso nos colocar no lugar do outro, acho que é empatia. Falei para a comunidade, a ‘escola é de vocês’. Já fomos invadidos antes, mas nunca com esse vandalismo todo. Colocaram fogo nos históricos escolares das crianças, foi muita destruição”.
“Levaram computador, máquina de furar, de encadernar. E isso não foi falta de guarda ou da Secretaria de Educação, não foi. A escola é cercada por concertina, temos câmeras de segurança, a Guarda Municipal faz rondas constantes no local”, diz Renata, que faz um apelo à comunidade que é atendida pela escola: “Eu estou em choque, porque a escola é deles, hoje foi um dia triste. Peço para a comunidade tomar conta, a diretoria é passageira, mas o bem é deles”, finaliza.
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria