A Prefeitura de Governador Valadares vai publicar nesta quarta-feira (28/4) um novo decreto que pode autorizar o reinício das aulas presenciais no município. Para publicar esse decreto, a prefeitura revogou decretos anteriores, como o de número 11.352, de 2 de fevereiro, e o 11.356, de 2 de março.
O primeiro autorizava o retorno de aulas presenciais em instituições de ensino públicas e privadas na cidade. Já o segundo dispunha sobre o Protocolo Municipal para Retomada das Aulas presenciais por estabelecimentos de ensino sediados em Valadares.
Para editar o novo decreto, a prefeitura convidou diretores de escolas e de sindicatos da categoria para uma reunião na tarde desta terça-feira (27/4), com o objetivo de ouvir opiniões acerca da retomada das aulas presenciais.
Participaram da reunião diretores de escolas particulares, do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Nordeste Mineiro (Sinepe/NE-MG), do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas), o prefeito André Merlo e equipe, mais o Ministério Público de Minas Gerais.
Os diretores das escolas particulares pediram a reabetura imediata das escolas, alegando que as crianças estarão mais seguras no ambiente escolar, espaço onde haverá medidas para conter o avanço da COVID-19, e em total segurança.
Acrescentaram os professores querem esse retorno.
Sinpro Minas discorda
O sindicato dos professores, contudo, manifestou posição contrária ao retorno presencial neste momento.
Em nota, a direção do Sinpro Minas informou que é contraditório, em pleno pico da pandemia, um retorno precipitado das aulas presenciais, sem a vacinação dos profissionais da educação, sem a construção de protocolos seguros com a participação do sindicato e sem a total segurança para os trabalhadores da educação, estudantes e suas respectivas famílias.
Afirmou ainda que é necessário um debate realmente coletivo, com intenções e propósitos reais de ouvir as diferentes perspectivas sobre a temática.
Em nota, a direção do Sinpro Minas informou que é contraditório, em pleno pico da pandemia, um retorno precipitado das aulas presenciais, sem a vacinação dos profissionais da educação, sem a construção de protocolos seguros com a participação do sindicato e sem a total segurança para os trabalhadores da educação, estudantes e suas respectivas famílias.
Afirmou ainda que é necessário um debate realmente coletivo, com intenções e propósitos reais de ouvir as diferentes perspectivas sobre a temática.
Segundo a dirigente sindical Hélcia Quintão, o Sinpro não enxerga possibilidade de retorno às aulas presenciais sem a vacinação dos professores.
"Também achamos um risco o retorno sem nossa participação na construção dos protocolos, além de ser um retorno que potencializa a desigualdade e aumenta a distância entre alunos da rede pública e do setor privado, uma vez que a prefeitura decretará somente o retorno presencial para o setor privado".