Quinze pessoas foram presas por tráfico de drogas, roubo, organização criminosa e tortura pela Polícia Civil dentro da Operação Êxodo, realizada nesta quarta-feira (28/4), em cinco cidades mineiras.
Os presos são quatro homens (de 20, 26, 28 e 34 anos) em Palmeiras do Resplendor, na zona rural de Capelinha; três homens (dois de 24 e um de 26) e uma mulher (30) em Angelândia; três homens (19, 21 e 22 anos) em Capelinha; um homem (42 anos) na zona rural de Água Boa; um homem e uma mulher (ambos de 26 anos) em Nova Serrana, e um em Ibirité, (25 anos). Dois dos mandados eram para homens que já estavam no sistema prisional.
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Presos 13 integrantes de quadrilha que lavava dinheiro para o tráficoPolícia Civil desarticula quadrilha de tráfico de drogas no Barreiro Polícia civil desmantela quadrilha de tráfico de drogas sintéticasAs investigações tiveram início há 19 meses. Segundo os policiais, uma organização criminosa tinha base fixa em Palmeiras do Resplendor. Os integrantes migravam na região para aquisições de carregamentos de drogas e distribuição para pontos de tráfico no distrito rural de Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, e em cidades vizinhas.
Além disso, integrantes do grupo praticaram crimes violentos, como roubo e tortura. Os crimes eram pratiados contra a população local, para impedir denúncias contra eles.
As investigações também apontaram que os integrantes da quadrilha estariam envolvidos em crimes ambientais e posse/porte ilegal de armas de fogo, comércio ilegal de armas de fogo e receptação de veículos de origens ilícitas.
A Agência de Inteligência da Delegacia Regional de Polícia Civil em Capelinha foi responsável pela prisão dos suspeitos e por cumprir mandados de busca e apreensão. Os presos foram levados à delegacia de Capelinha e serão encaminhados ao sistema prisional.
A operação teve a participação de 78 policiais civis das equipes das delegacias de Capelinha, Turmalina, Água Boa, Minas Novas, Berilo, Itamarandiba, Regional em Diamantina, Serro, Gouveia, Santa Maria do Suaçuí, Regional em Guanhães, Nova Serrana, além do Canil e da Coordenação Aerotática (CAT).
Torturas
Um dos crimes cometidos pelo grupo foi de tortura. As investigações apontaram que uma vítima teria se apropriado de grande quantidade de maconha de propriedade da organização criminosa. A droga estava enterrada às margens de uma estrada na zona rural.
Ao tomar conhecimento do fato, o líder do grupo determinou que três de seus comandados torturassem a vítima até que a droga fosse recuperada ou o prejuízo fosse ressarcido.
Assim, a vítima foi retirada de sua casa e mantida em cárcere privado, sob ameaça. Os suspeitos amarraram as mãos da vítima, ainda dentro do carro, sob a mira de um revólver. Foi agredida, ficando ensanguentada. Os criminosos gravaram um vídeo para confirmar a tortura para o chefe da quadrilha.
Num roubo a uma fazenda, os integrantes da quadrilha tinham um galão de gasolina e ameaçavam jogar o combustível sobre as vítimas e atear fogo.