Um trabalho que durou três anos resultou na modernização completa da iluminação de Belo Horizonte. Isso porque, neste mês, a concessionária Belo Horizonte Iluminação Pública (BHIP) concluiu a instalação da tecnologia LED nas mais de 180 mil luminárias da capital mineira. Nos próximos dias, a BHIP também deve finalizar o projeto “Iluminação de Destaque”, que contempla pontos turísticos de BH, como a Praça da Estação e o Parque Municipal.
Com a modernização, as ruas de Belo Horizonte ganharam um “brilho diferente”. A diferença é notória sobretudo em vias movimentadas, como o Anel Rodoviário (foto), na parte de responsabilidade do município. Fotos registradas no entroncamento com a Avenida Presidente Carlos Luz, na Região Noroeste da capital mineira, mostram como era o local antes e depois da revitalização.
No fim do ano passado, três passarelas sobre o Anel Rodoviário, na altura dos bairros Jardinópolis, Betânia e Califórnia, receberam 96 luminárias de LED, com reforço nas estruturas de segurança, como caixas metálicas e tubos de aço para proteger as lâmpadas e fiação. Outros 196 pontos de luz de LED foram implantados sob a Estação Pampulha, do sistema BRT/Move.
De acordo com a BHIP, a nova tecnologia consome menos energia elétrica. A concessionária estima uma economia anual de R$ 25 milhões nas contas públicas de luz da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Além disso, as lâmpadas de LED são três vezes mais duráveis que as normais, além de proporcionarem melhor iluminação e consumirem menos energia elétrica.
A Concessão é referência no Brasil e América Latina, considerando a dimensão do parque de iluminação pública, a velocidade de sua modernização e os padrões de qualidade definidos em contrato.
“O trabalho começou nas áreas de maior densidade, com menores níveis de renda e/ou que apresentassem alto índice de ocorrência de crimes e acidentes envolvendo veículos automotores”, disse Henrique Castilho, superintendente da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).
Cada braço de luminária já modernizada recebeu uma placa com um número específico, que permite à empresa identificar as coordenadas daquele ponto, além de conter informações gerais como altura do poste, largura da via e potência da luminária. O objetivo é agilizar os procedimentos de manutenção, principalmente nos locais onde as referências de localização são mais complicadas. O prazo máximo de reparo, com a nova estratégia implantada pela BHIP, é de 48 horas. Antes da parceria público-privada (PPP), o tempo de atendimento dos chamados chegava a 10 dias.
“A menor taxa de falha das luminárias LED também merece destaque. Enquanto as lâmpadas de vapor de sódio apresentavam uma taxa de falha em torno de 6%, a taxa de falha das luminárias LED é menor que 1%”, afirmou a concessionária.
Todos os serviços de manutenção podem ser acionados por três canais. Pelo telefone 0800-941-6789, pelo site da BHIP (www.bhip.com.br) e pelo aplicativo da BHIP para tablets e smartphones.
Pontos turísticos
Além das ruas de Belo Horizonte, a modernização da iluminação contemplou, também, 13 importantes lugares da capital mineira por meio do projeto “Iluminação de Destaque”, que foi dividido em três etapas. Locais como a Praça do Papa, Mirante das Mangabeiras, Viaduto Santa Tereza e o Conjunto Arquitetônico da Pampulha receberam uma repaginada nas luzes.
Dos 13 projetos previstos no programa, já foram concluídas as iluminações especiais da Praça do Papa, Mirante das Mangabeiras e Praça Duque de Caxias (Santa Tereza). Isso na primeira etapa. A segunda englobou a revitalização das luzes do Museu de Arte da Pampulha, da Casa do Baile, do entorno da Lagoa da Pampulha e da Praça Alberto Dalva Simão.
O intuito do programa é valorizar a beleza dos pontos turísticos de Belo Horizonte e aumentar a sensação de segurança para a população. Dois trechos da Praça Rui Barbosa, popularmente conhecida como Praça da Estação, e o Parque Municipal vão fechar o projeto de revitalização executado pela BHIP na capital mineira.
Nos próximos dias, será concluída a revitalização da iluminação do Parque Municipal. Os trabalhos estão na reta final. O local recebeu luzes com temperatura de cor de 3.000K, cujo brilho é mais amarelado. Os monumentos, por sua vez, foram destacados por lâmpadas de 4.000K, consideradas da cor branco neutro, que se assemelham à luz da Lua.
Cascatas e nascentes receberam uma iluminação com temperatura de cor 2.700K, semelhante à de 3.000K, ou seja, uma tonalidade amarelada que torna o ambiente mais acolhedor. O projeto também contemplou a instalação de 76 novos postes para melhoria da iluminação no entorno das duas lagoas, área de convivência, áreas de caminhamento da ronda noturna, alamedas principais e jardins. Houve, também, um reforço próximo ao Orquidário do parque.
Os postes já existentes foram aproveitados e tiveram sua distribuição bilateral alternada na Alameda Central. Ao todo, os 18 pontos em que se encontram monumentos receberam projetores e luminárias. As entradas principais do parque também contarão com uma nova iluminação, com a substituição dos globos por luminárias com difusor antiofuscante com instalação de lâmpada de 3.000K.
“O resultado alcançado em Belo Horizonte é reflexo de um plano de ação muito bem estruturado e executado com excelência e sintonia entre as equipes da BHIP e do poder público”, afirmou o presidente da BHIP, Marcelo Menegatto.