Doze pessoas suspeitas de integrarem uma organização criminosa, voltada para o tráfico de drogas, foram presas, na região Centro-Oeste de Minas Gerais, nesta sexta-feira (30/4), durante a operação Leão de Neméia. A ação foi desencadeada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), com apoio do Ministério Público e da Polícia Militar.
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Eles atuavam diretamente em Formiga e tinham ramificações em Divinópolis e São João Del Rei, este último município no Campo das Vertentes.
O líder angariou um vasto patrimônio com o tráfico de drogas. Todos os bens foram bloqueados hoje, dentre eles duas fazendas, cada uma avaliada em R$2 milhões. “Os demais membros, alguns eram responsáveis pelo armazenamento da droga, outros pela mistura da droga, em transformar a pasta base em cocaína, outros por estocar a maconha, outros responsáveis por fazer as entregas, outros por recolher o dinheiro”, detalhou.
Dentro deste arcabouço, foi desmantelado o núcleo financeiro que era responsável pela lavagem de capital. “Empresários, agiotas, empresas de fachada e também os traficantes da ponta que fazem a venda do varejo para os usuários foram identificados”, citou o delegado.
Entre os mandados de prisão cumpridos não estão empresários. “A Justiça entendeu que a medida de indisponibilidade de bens seria suficiente”, explicou Basílio. O valor do patrimônio bloqueado ainda não foi divulgado. A polícia aguarda retorno do Banco Central sobre as contas bancárias.
As investigações apontaram que a droga era trazida do Mato Grosso. O fornecedor mantinha uma empresa de fachada. Em um ano, ele movimentou cerca de R$40 milhões. Líderes também tinham ligação com uma organização criminosa do Rio de Janeiro.
Todos os detidos serão levados para o presídio de Bom Despacho, porta de entrada da região em razão da COVID-19 e ficarão à disposição da Justiça.
Apoio
A ação contou com a presença do Secretário de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, da Secretária Executiva de Segurança Pública, Tatiana Telles e Koeler de Matos e do Chefe da PCMG, Joaquim Francisco Neto.
Também atuaram os delegados Flávio Tadeu Destro e Tiago Ludwig, além do promotor de Justiça Ângelo Ansanelli e do comandante do 63º Batalhão da Polícia Militar, Tenente Coronel Fábio Gotelip.