Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

BH: entenda o que aconteceu com a 2ª dose dos idosos de 64 a 67 anos

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) admitiu, na última sexta-feira (30/4), que não há vacinas para a aplicação da segunda dose da Corovac em idosos de 64 a 67 anos na capital. Entretanto, o boletim mostra que cerca de 98.227 doses da vacina não foram utilizadas na campanha de vacinação. O Estado de Minas conversou com o subsecretário de Promoção e Vigilância à Saúde, Fabiano Pimenta, para esclarecer esses dados.





 

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Na sexta-feira, a administração municipal informou que não há vacinas para a aplicação da segunda dose da Corovac em idosos de 64 a 67 anos, porque a PBH seguiu a orientação do Plano Nacional de Imunização e, portanto, não guardou as segundas doses para esse público. "Sendo assim, é imprescindível que novas remessas de vacinas sejam entregues pelo Ministério da Saúde", informou, por meio de nota, na semana passada. 

De acordo com a PBH, a cidade recebeu até agora 701.767 doses e foram aplicadas 603.540 doses - entre a primeira e a segunda doses. Mas o que ocorreu com as 98.227 doses?

Nesta segunda-feira (3/5), Fabiano explicou o rombo entre doses disponíveis e pessoas vacinadas. "O primeiro motivo é que temos um 'delay' para a computação dos dados de doses aplicadas no sistema. Não conseguimos computar de imediato", disse ele.

O subsecretário argumenta que, além da dificuldade para gerar os dados, o boletim não conta com as perdas das doses. "Desde março, alguns estados tem relatado que os frascos da Coronovac, que deveriam ter 6ml e render 10 doses, chegaram incompletos. O frasco rende cerca de nove doses. Isso é um problema nacional", explicou Fábio.Ele ainda informou que as autoridades têm conhecimento do fato. 



Em abril, o Butantan anunciou que iria revisar a bula da CoronaVac após queixa de pelo menos  12 estados sobre frascos com menos doses. 

Ou seja, a quantidade menor nos frascos reduz o alcance das pessoas vacinadas. "A perda corresponde a quase 10% do total, ou seja, perdemos cerca de 60 mil doses", acrescentou.

Ele ainda explica que a administração municipal conta com cerca de 10 mil doses estocadas, disponíveis para o público. "Mas não seria justo escolher qual público seria vacinado primeiro. Sendo assim, para que ninguém seja prejudicado, aguardamos a nova remessa para aplicar", disse.

Cerca de 26 mil idosos de 67 anos aguardam a segunda dose na capital mineira. Eles deveriam recebê-la nesta segunda-feira. Este será o publico prioritário para a vacinação. "Precisamos de 16 mil vacinas para totalizarmos o número necessário. Assim que recebermos, iniciamos a segunda dose desse público. Vamos seguir a ordem dos mais velhos para os mais novos", disse.



Para imunizar a população de 67 a 64 anos, são necessárias 80 mil doses. A prefeitura reafirma a disponibilidade de pessoal e de todos os insumos necessários para a imediata continuidade do processo. Tão logo as vacinas sejam entregues, haverá continuidade da aplicação de segundas doses. Nesse sábado, segundo Fabiano, a administração municipal recebeu 770 imunizantes da CoronaVac.

A perspectiva é de que até o final da semana BH receberá o quantitativo necessário. "A expectativa é que, em meados da semana, possamos retomar", acrescentou.

A administração municipal esclarece que a aplicação da segunda dose para além dos 28 dias não compromete a eficácia clínica da vacina.


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Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.





Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.





  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.



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Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.





 

 

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Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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