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O Sindicato dos Trabalhadores de Educação da Rede Pública de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH) e a Prefeitura de BH divergiram em grandes proporções com relação à adesão dos professores à greve sanitária nas Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) nesta segunda-feira (3/5).
De acordo com a prefeitura, 32% dos docentes não compareceram ao trabalho presencial. Já o Sind-Rede/BH trabalha com cerca de 60% de adesão à paralisação. A entidade é contra as aulas in loco, iniciadas em BH apenas nas Emeis.
Do total de unidades municipais, pouco mais 10% não funcionaram hoje em razão de greve, segundo a prefeitura.
Quanto à adesão das crianças, a prefeitura informa que os dados "serão consolidados ao longo da semana".
O sindicato, no entanto, informa que poucos alunos compareceram às Emeis nesta segunda, apesar de não apresentar números.
“O que a gente observou, na verdade, é uma ausência grande das crianças. Isso prova que a maior parte da sociedade entende que este não é o momento de levar seus filhos às escolas”, afirma Daniel Wardil, diretor do Sind-Rede/BH.
A greve, segundo a entidade, tem como motivação apenas a saúde dos servidores e da comunidade escolar, sem relação com o lado financeiro.
O sindicato já realizou duas assembleias para tratar sobre o retorno e em ambas a categoria decidiu pela greve sanitária. Nesta quarta-feira (5/5), um novo encontro on-line vai definir os rumos do movimento.
A prefeitura tem informado que considera a ação legítima, mas lembra que a adesão ou não depende de cada servidor.
Nesse domingo (2/5), a reportagem do Estado de Minas flagrou escolas de educação infantil com cartazes em suas portas, informando sobre a greve.
Neste primeiro momento, apenas a educação infantil retorna. Ou seja, crianças entre 0 e 5 anos e 8 meses.
O anúncio foi feito em entrevista coletiva pela prefeitura.