A retomada das atividades não essenciais em Belo Horizonte após 46 dias de progressivas restrições de funcionamento para controle da COVID-19 ainda não se refletiu em disparada do tráfego na capital mineira e um dos motivos foi a manutenção dos domingos com restrições.
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Ônibus ruim e lotado vai receber nota baixa em Belo Horizonte Reabertura do comércio provoca pico de trânsito recorde em BHcoronavirusbhBoa parte desse impacto se refere aos domingos, que durante os dois primeiros meses de 2021 tinham 30% menos movimento que um dia regular, caíram para -41% com as restrições, mas subiram para apenas -35% com a reabertura não os incluindo.
O volume atual de carros, motos, ônibus e caminhões é semelhante a agosto de 2020, que apresentou -28,7% de movimento, logo após mais uma flexibilixação seguindo o primeiro pico de disseminação e morte da pandemia na capital mineira, em julho de 2020. Na época desse pico, o tráfego chegou a ser 42% menor que os volumes pré-pandêmicos.
A nova fórmula de flexibilização ajudou a controlar os índices de tráfego e com isso a movimentação das pessoas. Isso, porque aos domingos apenas atividades essenciais podem abrir. O dia da semana é exatamente o que mais volumes de veículos transitando registrou durante a pandemia.
Com isso, os dias que mais registraram movimento em BH após a reabertura foram a segunda-feira, dia 26 de abril, com -11% do normal antes da epidemia, e a terça-feira seguinte, dia 27, com -18%, o primeiro início de semana de trabalho com flexibilização.
O maior pico registrado em 2021, com a chegada das novas variantes, ocorreu em fevereiro, mês do carnaval. Mesmo com os apelos do Comitê de Enfrentamento à COVID-19 da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o mês da folia foi intenso e computou -16% do volume médio antes da infecção. Apenas em dezembro de 2020 e em janeiro de 2021 o movimento foi mais intenso em média, antes das variantes que vieram de Manaus, em uma época de índices controlados, apresentando -14,1% e -13,5% respectivamente.
O mais alto pico de tráfego de toda a pandemia ocorreu às vésperas do natal, em 22 de dezembro, quando a quantidade de veículos nas ruas belo-horizontinas foi 11% superior ao correspondente pré-pandemia. Em 2021, o dia 22 de fevereiro foi o mais movimentado, com 1% acima do esperado antes da doença infecciosa circular.
Área da Contorno - A empresa de transporte e trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) também registrou um aumento modesto no tráfego de veículos pelas ruas do perímetro interno da Avenida do Contorno após a reabertura. Durante a vigência da suspensão de atividades não essenciais, foram computados 74,3% do volume normal de veículos, com média diária de 208.047 veículos circulando no perímetro semanalmente, sendo que o normal seriam 280 mil.
Na semana mais recente monitorada pela BHTrans com dias de flexibilização, entre os dias 18 e 24 de abril - apenas os dias 22, 23 e 24 são de reabertura -, o volume foi de 215.298, ou 77% do fluxo comum. A BHTrans informa que durante a pandemia há regras de circulação adaptadas. Está dispensada, por exemplo, a ativação dos créditos eletrônicos do Sistema de Estacionamento Rotativo na Área Hospitalar. A medida permanece até a sua revogação.
"A área hospitalar, liberada para o uso do rotativo, compreende as vias internas ao perímetro: Avenida dos Andradas com Alameda Ezequiel Dias, seguindo as avenidas dos Andradas, do Contorno, Carandaí, Brasil, Afonso Pena, Rua Pernambuco e Alameda Ezequiel Dias até avenida dos Andradas", informa a empresa.
Em uma semana de dias úteis típicos, a média de passageiros transportados todos os dias seria de 1.271.755, sendo cumpridas 24.741 viagens. Durante a suspensão das atividades não essenciais, esse volume foi de 542.133, o que representa 42,6% dos passageiros. Já as viagens encolheram para 57%, com média diária de 14.112.
A reabertura representou uma demanda de 591.462 passageiros (47%) com 14.398 (58%) viagens, lembrando que o período mais recente computado pela BHTrans é entre os dias 18 e 24 de abril, contendo apenas os dias 22, 23 e 24 de reabertura das atividades.
A empresa informa que durante a pandemia os quadros de horários das linhas do transporte coletivo municipal estão alterados. "As mudanças são definidas de acordo com os decretos publicados e demandas de viagens. Todos os dias a operação do sistema é analisada e, havendo necessidade, são feitas adequações para o dia seguinte. Diariamente a BHTtrans fiscaliza a operação do transporte coletivo e, sempre que necessário, notifica os consórcios para que disponibilizem ônibus extras para suprir a demanda. O monitoramento acontece também por meio de câmeras do COP.
Dados do Waze - Os dados de variação percentual de quilômetros/milhas rodados compartilhados são agregados, anonimizados e provenientes do aplicativo Waze. Segundo esse serviço, que é um dos braços do Google, os dados mostram o aumento ou a redução dos quilômetros rodados como uma variação percentual comparada a dados de base.
"As variações por dia são comparadas a valores de base referentes ao mesmo dia da semana. O valor de base é uma média do dia da semana correspondente durante um período de duas semanas (11 a 25 de fevereiro de 2020)", informa o aplicativo.
Os relatórios mostram tendências de duas semanas considerando os dados mais recentes de aproximadamente dois a três dias anteriores. "Como acontece com todas as amostras, isso pode ou não representar o comportamento exato de uma população maior. Tratatam-se de "insights que foram gerados com base em critérios de privacidade diferenciados para proteção da privacidade dos usuários. Nenhuma informação de identificação pessoal (como local, contatos ou deslocamento de um indivíduo) é incluída nesses dados".
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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