Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

COVID-19: número de mortes e internações de idosos cai em Minas

A maior campanha de vacinação da história de Minas Gerais começou há três meses e já é possível notar os primeiros efeitos positivos. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), na segunda quinzena de janeiro, 25,1% das mortes no estado ocorreram entre idosos de 80 a 89 anos. Agora, o número caiu para 9,9%.





Por outro lado, entre os idosos acima de 90 anos, a queda foi de quase sete pontos percentuais: 8,6% para 2%. Entre as pessoas com 70 e 79 anos, também foi registrada uma pequena redução de janeiro (29,5%) para abril (27,4%).

A coordenadora da Sala de Situação e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-MG) da SES-MG, Eva Lídia Medeiros, afirma que 'durante 2020, as mortes de idosos se mantiveram no patamar de 25% a 30% de todos os óbitos por COVID-19. Com o início da vacinação, esse número vem caindo'.

As internações de idosos com mais de 70 anos também reduziram em Minas Gerais. Em janeiro, o levantamento apontou que 14,8% das internações em UTI por COVID-19 eram de pessoas com idade entre 80 e 89 anos. Em abril, o índice foi para 6,9%.





Entre os idosos de 70 a 79 anos, o percentual de internados caiu de 20,6%, em janeiro, para 15,9%, em abril. Já entre as pessoas acima de 90 anos, 5,1% estavam internados na UTI em janeiro. Na última semana de abril, o número caiu para 1,7%.

“A vacina garante a segurança sanitária de toda a população. Os estudos científicos publicados até o momento comprovam que, após a segunda dose, a imunidade é alcançada, individual e coletivamente”, afirma Eva Lídia.

O estado já recebeu do Ministério da Saúde 6.811.680 doses de vacinas contra a COVID-19. Dessa forma, cerca de 3,3 milhões de pessoas já receberam as duas doses do imunizante.
 
Mais dois lotes de vacinas contra a COVID-19, enviado pelo Ministério da Saúde, chegaram ao estado nessa segunda-feira (03/05). Foram 676.250 doses da AstraZeneca e 50.310 da Pfizer.





Avanço entre os jovens

Ao contrário dos idosos, o número de mortes e internações entre as pessoas de 20 a 69 anos aumentou consideravelmente, em relação ao total de notificações em Minas.

Para Eva Lídia, a principal causa do crescimento é o avanço da doença no território nacional, mas também pelo fato da diminuição nas outras faixas etárias.

“Os índices são justificados pelo impacto da cobertura vacinal nos grupos acima de 80 anos, bem como pelo aumento da incidência geral do número de casos, o que também influencia no aumento de internações causado por agravamento da COVID-19”, destaca.





Nas últimas 24 horas, Minas Gerais registrou 6.727 mil casos da COVID-19, e 83 óbitos, segundo o boletim da Secretaria de Estado de Saúde divulgado nesta terça-feira (4/5)

De acordo com o levantamento, hoje, o estado soma 1.378.545 casos da doença desde o início da pandemia do coronavírus, em março de 2020. Desse total, 34.396 mil pessoas morreram vítimas da COVID-19. Ainda há 1.269.377 pessoas recuperadas e 74.772 casos em acompanhamento. Esses últimos consideram pessoas ainda em tratamento e casos que dependem de atualização das Secretarias Municipais de Saúde.
 

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.





Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.





  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.



Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.





 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

 

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