O Hospital Regional de Governador Valadares poderá entrar em funcionamento em um prazo máximo de 24 meses. O anúncio foi feito pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) durante visita ao canteiro de obras do hospital, nesta terça-feira (4/5), em Governador Valadares.
As obras de construção do Hospital Regional de Governador Valadares foram iniciadas em 2012, com conclusão prevista para agosto de 2015. A megaestrutura de concreto erguida próximo ao entroncamento da BR-259 com a BR-116, na periferia da cidade, tem capacidade para 265 leitos, sendo 176 para a enfermaria, 39 para urgência e emergência, 50 de UTI, além de nove salas de cirurgias.
Antes de assinar a ordem de serviços para a retomada das obras, o governador Romeu Zema disse que seu governo tem tomado medidas antipáticas contra a COVID-19, mas essas medidas são de um governo técnico.
“Quando há política demais e o técnico fica relegado ao segundo plano, sempre teremos problemas”, disse.
“O estado de Minas Gerais é o estado que tem menos óbitos por COVID-19, entre todos os estados do Sudeste”, disse, apontando também bons resultados na segurança, que, segundo ele, teve redução substancial no número de crimes. Lembrou que seu governo, seguindo o caráter técnico, trouxe grandes empresas para Minas.
Investimentos na saúde do Leste de Minas
Além da assinatura da ordem de serviços para as obras do Hospital Regional, Zema lançou o edital de operação do hospital e a assinatura de um edital para concessão de uso de bem público, atrelado à proposta de trabalho com finalidade exclusiva de prestação de serviços ambulatoriais e hospitalares de assistência à saúde.
Zema disse que sua visita à Governador Valadares serviu para ele dar o pontapé inicial para a retomada imediata das obras. “A empreiteira já está aqui com seu pessoal, nós ganhamos um prazo com a Fundação Renova que pode variar de 18 a 24 meses para inaugurarmos esse que vai ser o maior hospital da região de Valadares”, afirmou o governador.
Enquanto o governador discursava, a Fundação Renova informou, por meio de nota, que já destinou cerca de R$ 64 milhões para a estruturação do Hospital Regional de Governador Valadares e, até agosto deste ano, vai depositar mais R$ 11,3 milhões, complementando o repasse total de R$ 75,3 milhões.
O prefeito de Governador Valadares, André Merlo (PSDB), disse que a conclusão do Hospital Regional vai impactar na prestação de serviços no Hospital Municipal (HM). “Nosso Hospital Municipal vive um desafio diário, está estrangulado pela grande demanda, mas é sempre muito resolutivo e com essa obra poderemos assim assumir o nosso papel municipal”, disse ele.
Vacinação entrou no radar da visita
Depois da solenidade no canteiro de obras do Hospital Regional, o governador Romeu Zema e comitiva foram a Unidade Básica de Saúde do Bairro São Pedro, periferia de Governador Valadares, observar mais uma etapa de de vacinação contra a COVID-19.
O prefeito André Merlo disse ao governador que a prefeitura continua empenhada em imunizar o maior número de valadarenses o mais rápido possível, mas, para isso, depende do repasse das doses pelo governo do estado. ”Queremos salvar vidas e sabemos da importância, do quanto isso pode nos ajudar. Por isso, estamos sempre articulando para que mais doses sejam enviadas para nós, para que possamos, assim, vacinar um quantitativo cada vez maior”, disse o prefeito.
O secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, que estava na UBS São Pedro, disse que a meta é avançar a vacinação para as pessoas com comorbidades. Segundo sua estimativa, Minas tem cerca de 2 milhões de pessoas nessa condição. Baccheretti disse que no fim de abril deve iniciar a vacinação dos professores para concluir a imunização dos grupos prioritários.
“Houve um atraso do Ministério da Saúde e hoje temos no estado um déficit de 300 mil de doses. No entanto, há expectativa da chegada de 5 milhões de doses até o final da semana para o país e 10% dessa quantidade vem pra Minas. Teremos até o fim da semana todas as doses para cobrir essas D2, para que isso não aconteça novamente”, disse.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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