O atraso na aplicação da segunda dose da vacina contra a COVID-19 nas pessoas entre 67 e 64 anos em Belo Horizonte é de responsabilidade do Ministério da Saúde, segundo o prefeito Alexandre Kalil (PSD). O chefe do Executivo municipal afirmou que a cidade seguiu uma orientação irresponsável do governo federal, que garantiu a disponibilidade do imunizante.
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Abrasel reclama que bares e restaurantes de BH seguem fechados aos domingosKalil sobre Paulo Gustavo: 'Jovem que não passará o Dia das Mães com a mãe'Kalil libera supermercados e padarias em BH aos domingoscoronavirusbhGoverno de Minas garante retomada da segunda dose da CoronaVacBH: feira hippie voltará a funcionar a partir de domingo (9/5)Prefeitura de BH trabalha com possibilidade de terceira onda da pandemiaReabertura de BH, 2ª dose, Bolsonaro, CPI: o que Kalil disse na coletivaA segunda dose da vacina contra o coronavírus para esse grupo, que comporta cerca de 27 mil idosos, deveria ter sido aplicada desde a última segunda-feira (03/05). Kalil disse que, nos primeiros momentos, a prefeitura não seguiu a recomendação de não se guardar a segunda dose, o que garantiu a imunização mais rápida de pessoas mais velhas.
"É uma explicação muito simples, não precisa de nenhum médico dar explicação, porque ela é matemática. Nós recebemos um ofício do Ministério da Saúde, um ofício, um documento oficial do Ministério da Saúde, que todo mundo está acompanhando que vem em lotes. Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito. E agora já deve ter chegado no 9º, 10º, 11º, vem a conta gotas mas vem. Recebemos o primeiro ofício que era para aplicar tudo, recebemos uma ordem: ‘Olha, pode aplicar tudo’. Não obedecemos, guardamos uma parte”, afirmou o prefeito.
Em seguida, Kalil disse que a Prefeitura de BH seguiu o documento oficial, de se vacinar sem preservar a segunda dose, o que segundo ele desencadeou essa falta. Contudo, segundo o prefeito, o ritmo não sofreu atraso e a ordem deve ser retomada a partir da próxima segunda-feira (10/5).
“Recebemos um documento oficial, que o lote sete, sétimo e oitavo lotes, eram para aplicar todas as doses. Então, nós entendemos, que era um documento responsável e fizemos isso. E acredito que no início da semana que vem nós devemos estar voltando a aplicar a segunda dose, que não há problema de atraso de uma semana, de sete dias. O ideal era que o documento fosse responsável, e nós não recebemos um documento oficial responsável. É isso que ninguém fala, é isso que querem jogar nas costas, como se já tem pouca coisa para fazer, do secretário de Saúde e da Prefeitura de Belo Horizonte”, concluiu.
Atraso ‘sem prejuízo’, diz secretário
Secretário de Saúde da capital mineira, Jackson Machado pediu calma ao grupo que está com a segunda dose da vacina, a CoronaVac, atrasada. Segundo o médico, não há prejuízo na efetividade do imunizante com uma demora de até 21 dias.
“O atraso de até 21 dias, segundo o Ministério da Saúde, não traz prejuízo ao desenvolvimento da imunidade que a vacina causa. Então, não há prejuízo em se aguardar mais uns dias. Então, não há necessidade de as pessoas ficarem angustiadas, telefonando, procurando centro de saúde”, disse Jackson.
Jackson também diz que não há necessidade de as pessoas se aglomerarem por conta da vacinação. Nessa quarta-feira (05/05), começou a vacinação para profissionais de saúde a partir dos 18 anos, o que encheu posto de saúde e demais centros de vacinação.
“Quando a Prefeitura de Belo Horizonte, através da Secretaria Municipal de Saúde, inclui um grupo etário para vacinar é porque temos todas as doses para completar aquele grupo. Ontem (quarta-feira), nós vimos aí uma superlotação nos nossos postos de vacinação, a ansiedade das pessoas as leva a procurar centro de saúde no primeiro dia, o posto de vacinação no primeiro dia, mas as vacinas começam a ser aplicadas naquele grupo aquele dia. Não há necessidade de as pessoas se aglomerarem, chegarem 6h da manhã, fazerem fila de três horas para vacinar.”
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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