A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) enviou, nesta quinta-feira (6/5), ofício à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) solicitando o funcionamento facultativo do comércio da capital no domingo (9/5), Dia das Mães.
De acordo com a entidade, a reivindicação toma como base a queda dos três indicadores utilizados como parâmetro para a flexibilização das atividades.
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Prefeitura de BH trabalha com possibilidade de terceira onda da pandemiaSupermercados, clubes e mais: veja o que reabre em BH a partir de sábadoCOVID-19: clubes de BH comemoram reabertura a partir de sábadocoronavirusbhCDL/BH consegue autorização para funcionamento do comércio aos domingos COVID: MG recebe 396.500 doses e amplia vacinação para grupos prioritários“Além dos indicadores estarem em queda permanente, temos outro ponto importante: a maioria dos trabalhadores irá receber o salário deste mês nesta sexta-feira. E, de acordo com a pesquisa de intenção de compras que realizamos, 73,4% dos consumidores vão optar pelo pagamento à vista na hora de comprar os presentes para as mães”, pontua o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
Ainda de acordo com Souza e Silva, tendo somente o sábado (8/5) disponível para realizar as compras, é grande a possibilidade de aglomerações nos centros comerciais. “A abertura no domingo será essencial para que não haja aglomeração, que é uma das principais formas de transmissão do vírus.”
Bares e Restaurantes
A entidade solicitou também a abertura de bares e restaurantes na data. O pedido tem como objetivo evitar aglomerações em reuniões familiares que, tradicionalmente, acontecem no Dia das Mães. “A própria prefeitura já afirmou que ocasiões como essa são propícias para a disseminação do coronavirus”, destaca.
Na coletiva desta quinta-feira, o secretário de Planejamento, André Reis, lembrou a comemoração do Réveillon como um dos fatores determinantes para o aumento do número de casos na capital durante o mês de janeiro.
No ofício, a CDL/BH ressaltou ainda que os bares e restaurantes das cidades vizinhas estão funcionando normalmente. E nos estabelecimentos de outros municípios a PBH não tem poder de fiscalização.
“Há poucos dias, uma pesquisa científica comprovou que a transmissão do vírus tem maior possibilidade de acontecer em ambientes fechados do que em locais ao ar livre. Isso nos mostra que uma mesa de bar na calçada, por exemplo, é menos nociva que uma sala de jantar de uma casa”, analisou Souza e Silva.
A entidade pediu uma resposta urgente do Executivo para que, caso haja a liberação, comércio, bares e restaurantes possam se organizar.
Medida Positiva
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG) avalia a medida tomada pela PBH como positiva, por permitir a reabertura de mais segmentos econômicos e estender o horário de funcionamento de alguns desses serviços.
Além disso, a entidade destaca que é preciso continuar com os esforços sociais e econômicos para que milhares de negócios na capital mineira possam se restabelecer no menor tempo possível e, assim, contribuir com a retomada econômica local.
A entidade ressalta, ainda, a necessidade de se seguir todos os protocolos sanitários, como o uso correto de máscara e de álcool em gel para higienização, além da adoção de medidas de distanciamento social e sanitização dos ambientes.
A federação informa também que segue orientando os empresários, por meio de campanhas de conscientização do combate a COVID-19.
A federação informa também que segue orientando os empresários, por meio de campanhas de conscientização do combate a COVID-19.
Essas medidas, associadas aos esforços pela vacinação célere são fundamentais para a retomada da confiança de empresários e consumidores, condição indispensável para se vislumbrar o futuro da economia de Belo Horizonte durante e após o fim da pandemia.
Reabertura
Nesta quinta-feira, a PBH anunciou a reabertura de supermercados, padarias e outros serviços de alimentação aos domingos. O funcionamento nesses dias estava suspenso desde março. Bares e restaurantes vão continuar fechados aos domingos, mas terão os horários de funcionamento ampliados nos demais dias.
Apesar da medida, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) alertou que os números estão altos e a internação de jovens cresceu. Ele também pediu que a população continue seguindo as medidas contra a COVID-19, mantendo o distanciamento.
Além disso, a prefeitura trabalha com a hipótese de uma terceira onda de contágio e mortes no Brasil e em BH. A hipótese foi colocada por algumas autoridades em saúde durante a coletiva desta quinta-feira.
*Estagiária sob supervisão do editor Álvaro Duarte
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Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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