Betim é uma das maiores cidades na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), com estimativa de 440 mil habitantes. É também cidade polo para a indústria, convivendo com uma população flutuante de cerca de 13 mil pessoas. Os números referentes à pandemia em um município desse porte também não são tímidos. Nesses quatro primeiros meses de 2021, Betim já registrou 641 mortes pela COVID-19 e 13.977 casos confirmados da doença.
De 6 de Janeiro de 2021 até esta quinta-feira (6/5), os números mostram que as novas cepas do novo coronavírus não pouparam a cidade, que é uma das poucas da Grande BH que mantém hospital de campanha (Cecovid 2), instalado no Fiat Clube, além de uma ala exclusiva no Hospital Regional (Cecovid 4) para casos graves da COVID-19.
Betim segue a tendência do país em relação ao elevado número de óbitos de pacientes graves por complicações do novo coronavírus. Registros da secretaria municipal de Saúde mostram que, em algumas faixas etárias, houve um aumento de mais de 400% do número de mortes nos últimos quatro meses, se comparado ao total de óbitos ocorridos entre abril e dezembro de 2020.
Segundo estatísticas da cidade, diferentemente do início da pandemia, o coronavírus vem provocando quadros graves em pessoas de todas as idades, com ou sem comorbidades.
“Isso modifica a compreensão anterior de que o vírus seria letal apenas, ou na maioria dos casos, em pessoas idosas ou com comorbidades. Outra tendência nacional que se repete em Betim é o aumento do tempo de internação de pacientes graves, mesmo quando jovens. Isso contribui para colapsar a rede de saúde e impõe ao município um cuidado redobrado para conter o contágio e a propagação da COVID-19. É necessário, então, intensificar a vacinação e manter as medidas de biossegurança: distanciamento social, uso de máscara e higienização constante das mãos”, explica a prefeitura por nota.
“Isso modifica a compreensão anterior de que o vírus seria letal apenas, ou na maioria dos casos, em pessoas idosas ou com comorbidades. Outra tendência nacional que se repete em Betim é o aumento do tempo de internação de pacientes graves, mesmo quando jovens. Isso contribui para colapsar a rede de saúde e impõe ao município um cuidado redobrado para conter o contágio e a propagação da COVID-19. É necessário, então, intensificar a vacinação e manter as medidas de biossegurança: distanciamento social, uso de máscara e higienização constante das mãos”, explica a prefeitura por nota.
Fiscalização sanitária em Betim
Para o cumprimento das medidas restritivas de combate à proliferação do vírus da COVID-19, Betim criou uma força tarefa que atua em conjunto a Guarda Municipal, a Vigilância em Saúde, a Secretaria Adjunta de Segurança Pública com o apoio da Polícia Militar.
Somente nos meses de janeiro a abril deste ano, mais de 281 estabelecimentos foram interditados por descumprirem as medidas obrigatórias decretadas pelo município e, ainda, por outras irregularidades, como a ausência de alvarás. Também nesse período, foram aplicadas 667 autuações.
Outra medida é identificar por meio de exames a doença. Nesta semana, a prefeitura deu início a testagem de grávidas, atendidas pela Rede SUS. Os testes RT-qPCR estão sendo solicitados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), durante consulta de pré-natal, para todas as gestantes, no período indicado para rastreamento – 37ª e 38ª semana de gravidez.
Estão cadastradas no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIGSS) da Rede SUS Betim, atualmente, cerca de 1.550 gestantes.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Estão cadastradas no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIGSS) da Rede SUS Betim, atualmente, cerca de 1.550 gestantes.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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