Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Itajubá inicia vacinação de pessoas com comorbidades nesta sexta-feira

 
A Prefeitura de Itajubá informou que irá iniciar, nesta sexta-feira (7/5), a vacinação das pessoas com comorbidades e deficiências permanentes contra a COVID-19. Gestantes e mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias também foram incluídas nesse novo grupo prioritário, conforme orientação do Plano Nacional de Imunização (PNI).





Com a chegada de uma nova remessa de vacinas nesta quinta-feira (6/5), a prefeitura pôde ampliar o grupo prioritário. De acordo com a planilha divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Itajubá recebeu 2.900 da AstraZeneca e 140 unidades da CoronaVac.

Os imunizantes da AstraZeneca serão destinados à aplicação da primeira dose em idosos de 60 a 64 anos, forças de segurança e salvamento, gestantes e puérperas e pessoas que tenham comorbidades ou deficiências permanentes.

Já as vacinas da CoronaVac serão utilizadas como segunda dose em trabalhadores da saúde e forças de segurança.


Novo grupo prioritário

Nesta sexta-feira, em Itajubá, serão vacinadas pessoas de 55 a 59 anos com deficiência permanente cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC).



A imunização será no Ginásio do Tigrão, das 8h às 14h.

É necessário apresentar RG, CPF, comprovante de residência e laudo médico que comprove a deficiência.

Além disso, pessoas com doença renal crônica em hemodiálise, com mais de 18 anos, receberão a primeira dose do imunizante no dia de hemodiálise – Hospital de Clínicas e da Santa Casa.

Já quem tem síndrome de down, acima de 18 anos, será vacinado na APAE.

A prefeitura também informou que as gestantes e puérperas (mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias) com comorbidades acima de 18 anos serão convocadas pelos postinhos de saúde, assim como pessoas de 58 e 59 anos com comorbidades.





Itajubá é a cidade do Sul de Minas com o maior número de mortes por COVID (foto: Reprodução prefeitura)
A prefeitura de Itajubá, no Sul de Minas, confirmou a presença da
variante da COVID-19 P.1 de Manaus (AM) no município. A confirmação aconteceu depois de amostras de material genético suspeito, recolhido em pacientes de Itajubá, ser analisado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP). O estudo teve a participação de equipes do Hospital de Clínicas da cidade mineira.

O resultado mostrou mutações no material genético, confirmando a presença da cepa variante do novo coronavírus, associada a uma maior taxa de transmissão, sendo cerca de 1,7 a 2,4 vezes mais transmissível que as cepas anteriores.

Diante da confirmação da variante, o município solicitou ao Governo de Minas Gerais o sequenciamento do genoma completo do vírus SARS-CoV-2, mas ainda aguarda resposta.





Aumento de casos na cidade


De acordo com a Prefeitura de Itajubá, a confirmação da variante foi fator determinante para o aumento do número de casos de COVID-19 na cidade, principalmente no último mês de março. 

O tempo de hospitalização dos pacientes e a alta do número de óbitos em Itajubá, índices semelhantes aos da capital do Amazonas, também chancelam o resultado do teste e reforçam a presença da nova variante.

De 1º de março a 24 abril Itajubá teve um aumento de 88% de novos casos de COVID, passando de 3.758 para 7.061. Já o número de mortes teve um aumento de 177%, passando de 117 para 325 óbitos no período.





Prefeitura alerta a população


A presença da P.1 de Manaus em Itajubá acende o alerta para a população redobrar os cuidados, afim de evitar a infecção pela nova cepa do coronavírus, especialmente por se tratar de uma variante ainda mais contagiosa e potencialmente perigosa.

Atente-se aos cuidados: pratique o distanciamento social, use máscaras, evite tocar olhos e boca e higienize as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%.

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.



Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).





  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.





Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.



Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.



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