O incêndio de grande proporções que atingiu dois terrenos de material reciclável e ferro velho no Bairro Morada Nova, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta sexta-feira (7/5), assustou moradores vizinhos.
No fim da manhã, quando as chamas começaram, a fumaça preta podia ser vista de diferentes pontos de BH e região.
Depois de três horas de combate, os bombeiros contam que o desafio agora é extinguir o incêndio, já que as chamas estão controladas e não há vítimas. Pelo menos cinco viaturas permanecem no local e cerca de 15 militares combatem as últimas faíscas.
Moradores do entorno ajudaram no combate com baldes de água e mangueiras. Em uma casa próxima ao lote, até a caixa d'água derreteu com o calor.
Em meio ao combate dos bombeiros militares, Sérgio Santos tentava resfriar a casa dos amigos para evitar o fogo.
“Eu soube da notícia quando estava no centro da cidade. Aqui é a casa de dois amigos meus que são praticamente irmãos. Sabendo que eles não estavam em casa, eu acelerei pra vim ajudar porque penso que é importante, né? Fico muito chateado de ver um trabalho de uma vida inteira. Eu vi o esforço deles para construir. A gente fica chateado de pensar que tudo pode acabar em segundos. Mas graças a Deus os bombeiros estão fazendo um trabalho excelente, são os nossos guerreiros.”
Ivanildo Pires da Rocha, de 29 anos, mora na casa de esquina, ao lado da entrada ao ferro velho. Segundo ele, o fogo, que começou por volta de 11h, se alastrou em menos de cinco minutos.
"O fogo estava baixo, de repente começou a ficar alto rapidão. Só peguei o cachorro, o documento e saí de casa", conta. No momento do incêndio, só havia ele em casa, já que o irmão e sobrinho estavam trabalhando.
Assim que saiu na rua, ele conta que todos os vizinhos ligavam para os bombeiros. "Tive medo demais, vai que o fogo pega na minha casa."
Rosilane Valério, de 47 anos, conta que ficou apavorada ao ver as chamas que estavam altas. "No momento, a gente tem só a agradecer a Deus", ela disse.
"Minha preocupação era com as crianças e as casas próximas. As labaredas de fogo estavam muito altas, liguei pro meu marido pra ele desligar os aparelhos domésticos e depois disso eu não tive reação nenhuma porque eu passei mal."
Niuza Carneiro Andrade, de 64 anos é moradora da Rua Vinte e Três há 30 anos. Dona Niuza conta que Paulinho é o dono do ferro velho em chamas. Assim que soube do incêndio, a esposa de Paulinho foi até o local assustada e começou a chamar as pessoas para ajudar a apagar o fogo.