Os belo-horizontinos formaram filas para receber a primeira dose da vacina contra a COVID-19, neste sábado (8/5). O dia é destinado a cidadãos com comorbidades que tenham 59, 58 ou 57 anos completos até o dia 31 deste mês. No Centro de Saúde Menino Jesus, no Bairro Santo Antônio, naRegião Centro-Sul da cidade, o movimento foi bastante intenso nas primeiras horas da manhã.
Houve quem chegasse antes mesmo das 6h para garantir um lugar privilegiado na fila. A imunização começou às 8h. Os mais prevenidos levaram banquinhos de plástico para assegurar acomodações menos desfavoráveis.
No posto de Saúde do Santo Antônio, a expectativa é vacinar cerca de mil pessoas neste sábado. Foram formadas filas pelas ruas Carangola e Leopoldina.
Os enfermeiros da Prefeitura de Belo Horizonte ministram a injeção da farmacêutica dos EUA Pfizer, e produzida em parceria com o laboratório alemão BioNTech. A dose de reforço do imunizante — terceiro tipo utilizado pelo Plano Nacional de Imunização — ocorre cerca de três meses após a primeira aplicação.
Aguardada com muita ansiedade, a imunização emocionou Ângela Diniz, de 57 anos. Hipertensa, ela apresentou o laudo médico que comprova a comorbidade e não escondia a alegria após receber a injeção.
“Embora tenha sido só a primeira dose — em 31 de julho tomo a segunda para realmente ser imunizada — é a esperança de vida. É ver um monte de gente que, infelizmente, está falecendo, e a gente vai ter uma chance um pouquinho maior”, disse, ao Estado de Minas.
Ângela aproveitou a conversa com a reportagem para externar gratidão ao Sistema Único de Saúde (SUS) e aos cientistas responsáveis pelos estudos que viabilizaram as vacinas para conter o coronavírus.
Alívio sentido, também, por Cláudia Nankran, da mesma idade. Ela sofreu acidente vascular cerebral (AVC) e adquiriu dificuldades de locomoção — outra comorbidade contemplada por esta fase da campanha de imunização —, ela recebeu o imunizante da Pfizer no carro.
“(A vacina) tranquiliza. A gente espera que seja para todo mundo daqui para frente”, afirmou, em tom esperançoso.
Para ter direito à vacina neste sábado, os cidadãos da faixa etária contemplada precisaram listar em formulário preenchido virtualmente, os fatores de risco alegados. O cadastro ocorreu até a segunda-feira (3). Quem perdeu o prazo do cadastramento deve esperar a reabertura das inscrições, anunciada pela PBH na terça-feira (4/5). A data do relançamento ainda não está definida.
Os belo-horizontinos precisam levar, aos postos, o laudo que atesta a comorbidade. Indispensável, também, documento de identificação e comprovante de residência.
A Prefeitura de Belo Horizonte abriu 18 postos de saúde neste sábado. Eles fecham as portas às 16h.
Na segunda (10), a programação será estendida aos portadores de comorbidades que completam 56 e 55 anos até 31 de maio. Nessa sexta (7), foi a vez de diversos grupos prioritários, como os portadores de síndrome de down entre 18 e 59 anos.
Para se vacinar, é necessário não ter desenvolvido sintomas da infecção nos últimos 30 dias e não ter tomado vacina para qualquer outra doença nas duas semanas anteriores.
O imunizante da Pfizer chegou a Minas Gerais na segunda. A remessa destinada ao estado tem 50,3 mil exemplares. O imunizante é o que demanda as mais baixas temperaturas de conservação.
O acondicionamento exige câmaras frias que consigam fornecer temperaturas entre -70°C e -80°C.
O governo federal tem contrato que garante, ao Brasil, o repasse de 100 milhões de doses produzidas pela Pfizer. Embora o Ministério da Saúde diga que o intervalo entre as injeções é de 12 semanas, a fabricante estabelece prazo de 21 dias.
A pasta se baseia no intervalo adotado pelo Reino Unido, que ampliou o prazo com base em estudos de eficácia e segurança do imunizante. A nota técnica aponta 80% de efetividade da vacina na redução do risco de hospitalização no país europeu, com apenas uma dose em idosos de 70 anos ou mais.
Colaborou Cristiane Silva
Houve quem chegasse antes mesmo das 6h para garantir um lugar privilegiado na fila. A imunização começou às 8h. Os mais prevenidos levaram banquinhos de plástico para assegurar acomodações menos desfavoráveis.
No posto de Saúde do Santo Antônio, a expectativa é vacinar cerca de mil pessoas neste sábado. Foram formadas filas pelas ruas Carangola e Leopoldina.
Duas filas se formam para vacinação de pessoas com comorbidades, no Centro de Saúde Menino Jesus, no Bairro Santo Antônio.
%u2014 Estado de Minas (@em_com) May 8, 2021
Vídeo: Gladyston Rodrigues
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Os enfermeiros da Prefeitura de Belo Horizonte ministram a injeção da farmacêutica dos EUA Pfizer, e produzida em parceria com o laboratório alemão BioNTech. A dose de reforço do imunizante — terceiro tipo utilizado pelo Plano Nacional de Imunização — ocorre cerca de três meses após a primeira aplicação.
Aguardada com muita ansiedade, a imunização emocionou Ângela Diniz, de 57 anos. Hipertensa, ela apresentou o laudo médico que comprova a comorbidade e não escondia a alegria após receber a injeção.
“Embora tenha sido só a primeira dose — em 31 de julho tomo a segunda para realmente ser imunizada — é a esperança de vida. É ver um monte de gente que, infelizmente, está falecendo, e a gente vai ter uma chance um pouquinho maior”, disse, ao Estado de Minas.
Ângela aproveitou a conversa com a reportagem para externar gratidão ao Sistema Único de Saúde (SUS) e aos cientistas responsáveis pelos estudos que viabilizaram as vacinas para conter o coronavírus.
Alívio sentido, também, por Cláudia Nankran, da mesma idade. Ela sofreu acidente vascular cerebral (AVC) e adquiriu dificuldades de locomoção — outra comorbidade contemplada por esta fase da campanha de imunização —, ela recebeu o imunizante da Pfizer no carro.
“(A vacina) tranquiliza. A gente espera que seja para todo mundo daqui para frente”, afirmou, em tom esperançoso.
Passo a passo
Para ter direito à vacina neste sábado, os cidadãos da faixa etária contemplada precisaram listar em formulário preenchido virtualmente, os fatores de risco alegados. O cadastro ocorreu até a segunda-feira (3). Quem perdeu o prazo do cadastramento deve esperar a reabertura das inscrições, anunciada pela PBH na terça-feira (4/5). A data do relançamento ainda não está definida.
Os belo-horizontinos precisam levar, aos postos, o laudo que atesta a comorbidade. Indispensável, também, documento de identificação e comprovante de residência.
A Prefeitura de Belo Horizonte abriu 18 postos de saúde neste sábado. Eles fecham as portas às 16h.
Na segunda (10), a programação será estendida aos portadores de comorbidades que completam 56 e 55 anos até 31 de maio. Nessa sexta (7), foi a vez de diversos grupos prioritários, como os portadores de síndrome de down entre 18 e 59 anos.
Para se vacinar, é necessário não ter desenvolvido sintomas da infecção nos últimos 30 dias e não ter tomado vacina para qualquer outra doença nas duas semanas anteriores.
A vacina da Pfizer
O imunizante da Pfizer chegou a Minas Gerais na segunda. A remessa destinada ao estado tem 50,3 mil exemplares. O imunizante é o que demanda as mais baixas temperaturas de conservação.
O acondicionamento exige câmaras frias que consigam fornecer temperaturas entre -70°C e -80°C.
O governo federal tem contrato que garante, ao Brasil, o repasse de 100 milhões de doses produzidas pela Pfizer. Embora o Ministério da Saúde diga que o intervalo entre as injeções é de 12 semanas, a fabricante estabelece prazo de 21 dias.
A pasta se baseia no intervalo adotado pelo Reino Unido, que ampliou o prazo com base em estudos de eficácia e segurança do imunizante. A nota técnica aponta 80% de efetividade da vacina na redução do risco de hospitalização no país europeu, com apenas uma dose em idosos de 70 anos ou mais.
Colaborou Cristiane Silva