Itabira, na Região Central de Minas, passou no mês de março a pior fase da pandemia do novo coronavírus e enfrentou altas taxas de ocupação dos leitos e pacientes de várias cidades da região esperando por vagas em hospitais. Neste sábado (8/5), porém, a mudança para a onda amarela do Programa Minas Consciente, do governo do Estado, mostra uma melhora neste cenário. Com as novas medidas, o comércio em geral está liberado para funcionar com até 50% da capacidade, com horário de 9h às 19h.
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela secretaria municipal de Saúde na sexta-feira (7/5), Itabira registrou 58% de ocupação em leitos de UTI e 33% em leitos de enfermaria. O índice de transmissão (Rt) está em 0,76, o menor resultado já verificado neste ano.
“Chegamos até aqui devido às medidas que adotamos, especialmente no início de março, quando estávamos no período mais crítico, e graças também à colaboração do itabirano. A mensagem que precisa ficar é de que não podemos retroceder. E isso só será possível se o engajamento do enfrentamento for mantido. Da parte da prefeitura, continuaremos com a mobilização e as ações de fiscalização; da parte da comunidade, esperamos contar com a conscientização e o cumprimento às medidas”, declarou o prefeito Marco Antônio Lage.
A onda amarela traz novas mudanças no funcionamento do comércio e atividades. Apesar da flexibilização, há ainda a obrigatoriedade do uso de máscaras em todos os estabelecimentos, disponibilização de álcool em gel a funcionários e clientes, manutenção de ambiente ventilado e outras medidas sanitárias de prevenção.
O que muda com a onda amarela em Itabira
Todo o comércio e atividades têm permissão de funcionar com até 50% da capacidade, com horário de 9h às 19h. Deve-se respeitar, porém, a metragem de referência de 5 m² por pessoa e distanciamento linear de 2 metros.
Os veículos do transporte coletivo urbano poderão circular com todos os assentos ocupados e até 18 passageiros em pé.
Os clubes sociais têm o funcionamento liberado. Continuam proibidos o uso de saunas e a recreação em piscinas.
Eventos podem ser realizados com até 50 pessoas, conforme o número de metros quadrados úteis, tendo por base um cliente para cada 6 m², respeitando distanciamento de 2 metros lineares.
Templos religiosos podem funcionar com até 50% de ocupação e respeitando todas as medidas de distanciamento.
Bares e restaurantes passam a ter o horário de funcionamento estendido até às 22h30, com tolerância de 30 minutos e mesas devem estar afastadas em 2 metros.
Hotelaria terá o funcionamento limitado a 50% da capacidade total de hospedagem, além da obrigação de observância de todas as medidas estabelecidas pelo protocolo do Minas Consciente.
As escolinhas de esportes estão liberadas, desde que respeitado todas as medidas sanitárias previstas, como o distanciamento.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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