A combinação do quinto dia útil do mês, quando a grande maioria dos trabalhadores recebem seus salários, com a véspera do Dia das Mães, levou muita gente às ruas de Belo Horizonte, na manhã deste sábado (8/5). A tradição das compras "às vésperas" se manteve, e mesmo algumas lojas com poucos clientes, a movimentação foi intensa no centro da Capital, com as compras de última hora.
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Durante a semana "não deu tempo", explicou Clevia e "aproveitei que as lojas estão mais vazias no início da manhã para escolher com tranquilidade." Ela achou o que queria numa loja de artigos diversos, na avenida Getúlio Vargas.
Maior movimento era registrado na loja Pimenta Verde, de roupas femininas. Entre pessoas que escolhiam o produto estavam também as que buscavam a encomenda "comprada online". "Sempre compro aqui, mas já tinha reservado um presente para minha mãe pelo WhatsApp e só passei para buscar. Sempre é melhor escolher na loja, mas este não é o momento", contou a bancária Fátima Astolfi, 41 anos.
Na saída, "de quebra", comprou uma manta de linho nas mãos do ambulante "Gonzaguinha", que começava as vendas de redes e mantas do dia. "Dei sorte, na primeira oferta já consegui fazer negócio."
A vendedora Isabela Damasceno, 22 anos, disse que nos últimos dias atendeu a "um bom público", mas que o movimento melhorou "devido ao pagamento dos salários ontem (sexta-feira). Roupas femininas sempre têm boa saída, e os conjuntos neste ano estão fazendo sucesso."
Centro de BH registra aglomerações e trânsito intenso
As ruas do Centro da Capital estiveram lotadas neste sábado (8). Apesar de algumas lojas vazias, o trânsito de pessoas e de carros remontavam a tempos anteriores à pandemia. Na Rua São Paulo, no trecho entre a Rua Tamoios e Caetés, onde se localiza o mais antigo centro comercial da cidade, Galeria Ouvidor, a movimentação de pessoas era intensa.
Mas o fluxo de pessoas nem sempre resultava em compras. Segundo o gerente de uma loja de tecidos, Fábio Antunes, 42 anos "o movimento está um pouco melhor que nos outros dias, mas nada que se compare a anos anteriores."
O motorista rodoviário Ângelo Márcio Sodré, 41 anos, acompanhado da esposa Maria das Graças Sodré, 37 e da filha Isabela da Silva, 11 anos, tentava garantir o presente das mães da família. "Os preços estão bem caros e tem poucos produtos novos. Encontrei diferença de até R$ 30 em produtos similares."
A ambulante Maria do Rosário da Silva, 52, que vende roupas infantis e produtos de beleza, no Centro, há 30 anos, disse que a pandemia dificultou muito. "Não temos mais estoques, porque os fornecedores não estão entregando e as pessoas querem coisas novas. A cidade está cheia, mas sem muitas compras, mais é pesquisa de preços e pequenas lembranças."
Bares, que puderam funcionar neste sábado e Mercado Central também estavam lotados. As mesas externas instaladas no mais famoso centro comercial do hipercentro, estavam todas cheias.