Jornal Estado de Minas

VACINAÇÃO EM BH

Após registros de filas, PBH dobrará pontos de vacinação na segunda (10/5)

O sábado (8/5) foi de filas grandes em Belo Horizonte pela procura da vacina contra a COVID-19 para pessoas com comorbidades, com idades entre 57 a 59 anos completos até o dia 31 deste mês. Mas, na segunda-feira (10/5), a prefeitura da capital mineira passará a ampliar os locais de imunização de 18 para 36 pontos.





Na ocasião, serão vacinadas pessoas de 55 e 56 anos com comorbidades. O público-alvo poderá procurar os pontos, que estão listados no portal da prefeitura. Ao todo, serão quatro postos em cada regional.

Assim como nessa sexta (7/5) – quando foram vacinadas pessoas com síndrome de Down – e neste sábado, os enfermeiros da PBH ministrarão a injeção da farmacêutica Pfizer. A dose de reforço do imunizante — terceiro tipo utilizado pelo Plano Nacional de Imunização — ocorre cerca de três meses após a primeira aplicação.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) afirmou que a ampliação de postos é para evitar aglomerações. Em relação ao número de pontos de vacinação ser menor, a pasta disse que o imunizante da Pfizer exige maior refrigeração no armazenamento e que segue orientações do Ministério da Saúde para que os locais de vacinação sejam mais concentrados.





"Há uma orientação do Ministério da Saúde para que os locais de vacinação sejam mais concentrados e, neste momento, em função das especificidades, não estão recomendados pontos de drive-thru", disse a SMSA.

Passo a passo

Para ter direito à vacina neste sábado, os cidadãos da faixa etária contemplada precisaram listar em formulário preenchido virtualmente, os fatores de risco alegados. O cadastro ocorreu até a segunda-feira (3). Quem perdeu o prazo do cadastramento deve esperar a reabertura das inscrições, anunciada pela PBH na terça-feira (4/5). A data do relançamento ainda não está definida.

Os belo-horizontinos precisam levar, aos postos, o laudo que atesta a comorbidade. Indispensável, também, documento de identificação e comprovante de residência.

A Prefeitura de Belo Horizonte abriu 18 postos de saúde neste sábado. Eles fecham as portas às 16h.



Na segunda (10), a programação será estendida aos portadores de comorbidades que completam 56 e 55 anos até 31 de maio. Nessa sexta (7), foi a vez de diversos grupos prioritários, como os portadores de síndrome de down entre 18 e 59 anos.

Para se vacinar, é necessário não ter desenvolvido sintomas da infecção nos últimos 30 dias e não ter tomado vacina para qualquer outra doença nas duas semanas anteriores.

A vacina da Pfizer

O imunizante da Pfizer chegou a Minas Gerais na segunda-feira. A remessa destinada ao estado tem 50,3 mil exemplares. O imunizante é o que demanda as mais baixas temperaturas de conservação.

O acondicionamento exige câmaras frias que consigam fornecer temperaturas entre -70°C e -80°C.

O governo federal tem contrato que garante, ao Brasil, o repasse de 100 milhões de doses produzidas pela Pfizer. Embora o Ministério da Saúde diga que o intervalo entre as injeções é de 12 semanas, a fabricante estabelece prazo de 21 dias.



A pasta se baseia no intervalo adotado pelo Reino Unido, que ampliou o prazo com base em estudos de eficácia e segurança do imunizante. A nota técnica aponta 80% de efetividade da vacina na redução do risco de hospitalização no país europeu, com apenas uma dose em idosos de 70 anos ou mais.

Colaboraram Cristiane Silva e Guilherme Peixoto
 

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.



Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).





  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.





Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.



Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas


 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.



Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

 

audima