A Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades de Belo Horizonte, a antiga Feira Hippie, na Avenida Afonso Pena, no Centro de Belo Horizonte, voltou a funcionar neste domingo (9/5), Dia das Mães. Além dos atrativos gastronômicos e opção de comemorar em família em um espaço aberto, o local é a "salvação" para os atrasadinhos que deixaram para comprar os presentes de última hora.
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Mas o primeiro dia da reabertura não atraiu muita gente. Durante todo o dia o movimento foi considerado fraco, em comparação aos tempos antes da pandemia. O anúncio às vésperas da data comemorativa das mães foi foco de reclamação de feirantes e expositores.
Abílio Cezar, 76 anos, expositor há 47, considerou que "foi muito em cima", não dando tempo de repor estoques. "Pela data, não espero muito, porque é dia das famílias ficarem mais em casa."
O casal Adalgisa Costa Couto, 64 anos, e José Geraldo de Miranda, 58, feirantes há 35 anos, concordam com Abílio. Mesmo dizendo ser "a esperança, a última que morre", eles acreditam que poderiam ter retornardo bem antes para possibilitar as compras do Dia das Mães.
Emoção de mãe e filha, 'nascida' na feira, no retorno às atividades
Muito emocionadas, Iolanda Rosa Martins, 59 anos, e a filha, Mariana Rosa Martins, 33, comemoravam o retorno à Avenida Afonso Pena. Mariana postava mensagens no Instagram chamando os amigos e fregueses. "Estamos muito felizes pela retomada. Aqui passei todos os dias das mães, com exceção do ano passado", explica Mariana, que diz ter nascido e crescido praticamente na barraca de acessórios infantis da mãe.
O casal Ronaldo Jesus Pereira, 51 anos, bombeiro hidráulico, e Lilian Pereira, de 44 anos, enfermeira, aproveitaram a feira, com o filho também enfermeiro, Guilherme Ronald, 22, para comprar os presentes. "Estamos muito felizes de poder sair, com todos os cuidados necessários, mas era grande a saudade desse passeio matinal", explicou Ronaldo. A mãe de Guilherme disse que recebeu de presente do filho o cartão de crédito para comprar presentes. "Mas ele está de olho", brincou.
As primas Amanda Pereira, 27 anos, estudante e Débora Figueiredo, 23, representante comercial, chegaram cedo à feira. "Amamos esse lugar. Aqui encontramos coisas exclusivas e vamos levar para nossas mães. Apesar que dia de mãe são todos os dias."
A Feira Hippie não funcionava desde o dia 10 de janeiro. É um dos mais importantes eventos comerciais alternativos da capital, recebendo, em média, 80 mil visitantes, e emprega mais de 30 mil pessoas, direta e indiretamente, em um domingo comum.
A feira responde a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) da cidade. Ela recebe visitantes do interior de Minas e de outros estados, movimentando o setor de hospedagens, alimentação e comércio no entorno.
No ano passado, depois da quarentena em Belo Horizonte, a feira passou a ocupar maior espaço, entre Praça Sete e Rua dos Guajajaras. A máscara continua obrigatória, como também a higienização das mãos ao tocar em mercadorias, e proibição de provadores.
Os comerciantes são responsáveis por direcionar filas e demarcar espaços para evitar aglomerações, observando o distanciamento de dois metros entre as pessoas.