Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Zema teme terceira onda de COVID: 'O vírus está solto, sofrendo mutações'

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), crê que as restrições impostas pela onda roxa ajudaram a aliviar a situação da pandemia de COVID-19 no estado. Apesar das melhoras nos índices, o chefe do poder Executivo mineiro teme novo aumento de casos e mortes em virtude da infecção. Em entrevista à "CNN Brasil", nesta segunda-feira (10/5), Zema disse que só a imunização pode frear a disseminação da doença.



“Estou pessoalmente confiante de que, com o avanço do processo de vacinação, venhamos a ter a situação sob controle. Mas nada garante que uma terceira onda, inclusive pior do que a segunda, venha. O vírus está solto, sofrendo mutações, e pode surgir uma variante mais letal e mais contagiosa”, falou.

Em abril, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicou estudo que apontava a existência de mais de 90 cepas do coronavírus no Brasil. A variante surgida no Amazonas é uma delas.

Para o governador, o endurecimento das restrições em todo o estado ajudou a conter o número de casos, mortes e internações. Segundo Zema, Minas Gerais é o estado das regiões Sul e Sudeste com menor índice de vítimas.

“Se o Brasil tivesse uma taxa de óbitos semelhante à de Minas Gerais, mais de 60 mil vidas teriam sido poupadas”, lamentou.

Minas Gerais tem média móvel de 249 óbitos por dia. Nesta segunda, o número de pessoas que perderam a vida para a doença chegou a 36.062. São 1.416.845 diagnósticos positivos.



‘O brasileiro se iludiu’

Na visão de Zema, o aumento recente dos índices de COVID-19 se deve a certo “relaxamento” da população nacional nos últimos meses do ano passado.

“O brasileiro, em novembro e dezembro, se iludiu, achando que a pandemia era algo do passado. Acabamos observando que ela voltou muito mais forte e muito mais letal. Não vamos baixar a guarda”, sustentou.

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.



Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).





  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.





Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.



Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

Em casos graves, as vítimas apresentam

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.



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