A campanha de vacinação contra a COVID-19 em Belo Horizonte, nesta terça-feira (11/5), será voltada para as pessoas com comorbidades que tenham 54 e 53 anos para a primeira dose e, simultaneamente, para os idosos de 67 anos que ainda não receberam a segunda dose da CoronaVac.
suspendido a aplicação da segunda dose do imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac, por falta de vacinas.
A faixa etária dos mais velhos voltou a ser contemplada no esquema vacinal após uma semana em que a capital mineira havia No último sábado (8/5), uma nova remessa da vacina chegou em Minas Gerais, que agora é usada na ampliação da imunização na cidade. Segundo o Executivo municipal, o chamamento para aplicação de segundas doses de CoronaVac para as demais faixas etárias está condicionado ao recebimento de novos lotes pelo Ministério da Saúde.
Maria Amélia Palhares, de 67 anos, chegou cedo ao posto drive-thru da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para garantir a etapa final da sua imunidade. Mesmo após ser protegida com a vacina, reforçou a importância dos cuidados preventivos contra o coronavírus. “Continuar tomando as medidas de preocupação e ficar quietinha em casa”, disse.
Após ser vacinado com a segunda dose do imunizante, o ex-professor da UFMG, Gabriel de Oliveira Ribeiro, 67, disse que a expectativa é que aos poucos consiga retomar a normalidade de antes da pandemia. Mas também ressaltou que vai continuar aderindo às medidas sanitárias recomendadas.
“A esperança é de que a gente viva com mais tranquilidade e aos poucos possa voltar a uma vida normal. Tenho tentado levar minhas atividades com certa normalidade dentro de casa", informou o aposentado.
A vacinação do grupo de 67 anos acontece em centros de saúde municipais e postos para veículos das 7h30 às 16h30. Os idosos devem levar o documento de identidade, CPF e comprovante de residência, além do cartão de vacinação que conste a aplicação da primeira dose.
Campanha contra a fome e o frio
Além de ceder espaço para a campanha de vacinação anti-COVID dos belo-horizontinos, a UFMG está recebendo doações de alimentos perecíveis, leite, fraldas, cobertores e roupas lavadas e em bom estado para colaborar com a rede de cuidados a famílias em situação de vulnerabilidade social agravada pela pandemia do coronavírus.
O ponto de coleta fica na Unidade Administrativa II, com entrada pela Avenida Abrahão Caram, 763, Bairro São José. O horário de funcionamento é das 8h às 16h30.
De acordo com a univerisade, as contribuições da campanha serão destinadas aos projetos Periferia Viva e Comunidade Viva sem Fome, que beneficiam mais de 150 iniciativas sociais de Belo Horizonte e da Região Metropolitana. Os projetos são coordenados pelo grupo de pesquisa em Comunicação, Mobilização Social e Opinião Pública (Mobiliza/UFMG), que realiza um trabalho de fortalecimento da comunicação e da mobilização de grupos e coletivos de promoção de direitos sociais.
Imunização das pessoas com comorbidades
Também nesta terça-feira (11/5), às pessoas com comorbidades, que estão com 54 e 53 anos, completados até 31 de maio, são vacinados com a primeira dose, das 8h às 16h, em pontos específicos disponibilizados pela prefeitura da capital.
Somente quem se cadastrou no site da PBH até a última segunda-feira (3/5) poderá ser contemplado com a imunidade contra a COVID-19. Além disso, para comprovar a condição clínica, é preciso levar no momento da imunização, laudos médicos, como exames, receitas, relatório médico e/ou prescrição médica. Documento de identificação e comprovante de residência também são pedidos pelo Executivo municipal.
É necessário que a pessoa não tenha desenvolvido sintomas da infecção nos últimos 30 dias e que não tenha tomado vacina para qualquer outra doença nas duas semanas anteriores.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas