Sem a posição oficial da Secretaria de Estado de Saúde de Minas (SES-MG) sobre a suspensão da vacinação de grávidas com o imunizante da Astrazeneca, a Associação dos Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig) recomenda que as grávidas não se vacinem.
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O diretor da Sogimig reforçou que são necessários mais estudos para saber quais são os eventos adversos da vacina em mulheres grávidas. Conforme destacou, somente os estudos poderão dizer quais são os efeitos colaterais do uso. Ele lembrou que das vacinas disponíveis no Brasil - Coronavac, Astrazeneca e Pfizer - apenas a Astrazeneca gerou efeito colateral.
Um caso de uma gestante que desenvolveu trombose depois de receber doses do imunizante está em investigação. "A posição da sociedade é a mesma da Anvisa que a vacina deste fabricante, Astrazeneca, não deve ser utilizada em gestante", ponderou.
Não há objeção em relação à Coronavac e Pfizer. "As duas estão liberadas, embora não tenhamos muitos estudos. Até o momento, com elas, não ocorreram efeitos importantes nas gestantes", disse.
O novo coronavírus atinge as grávidas de forma mais severa pela queda de imunidade das mulheres em decorrência do estado gravídico. O obstetra procurou tranquilizar as grávidas que tomaram a vacina da Astrazeneca. "A trombose é um evento grave, mas muito raro também. Então, a possibilidade de ocorrer em que já tomou é muito pequena", diz.
No entanto, se a gestante tiver dúvida, deve procurar o serviço de saúde em que está sendo atendida. "Se ela não estiver sentindo nada, não há necessidade de procurar os serviços de saúde que estão muito sobrecarregados. Mas se tiver qualquer sintoma ou dúvida, deve procurar o obstetra", ponderou.
A SES-MG, por meio de nota, informou que, sobre a recomendação da Anvisa para suspender a Astrazeneca em grávidas e puérperas, aguarda posicionamento e orientações do Ministério da Saúde. A pasta informou que tomará a definição sobre as medidas a serem tomadas depois de ser informada pelo ministério.
Leia a nota da SOGIMIG
Nessa segunda-feira, 10 de maio de 2021, em Nota Técnica, a ANVISA orientou a suspensão da imunização das gestantes para COVID-19, com a vacina do laboratório AstraZeneca.
A suspensão ainda é provisória, até que sejam investigados os efeitos adversos e eventos associados à administração dessa vacina, que no Brasil está sendo produzida em parceira pela FioCruz.
Não houve mudanças em relação à imunização das gestantes com a utilização das vacinas Coronavac/Instituto Butantã e Pfizer. Toda gestante deve discutir o uso ou não da vacina com seu médico.
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Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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