Minas segue recomendação da Anvisa e suspende vacinação em gestantes
Minas não registrou eventos adversos em grávidas, mas Secretaria de Estado da Saúde determinou que elas não poderão tomar o imunizante da AstraZeneca
Por
Déborah Lima
11/05/2021 18:46 - Atualizado em 11/05/2021 20:04
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A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) recomendou a suspensão imediata no estado da aplicação em gestantes da vacina contra a COVID-19 desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.
De acordo com a pasta, os 853 municípios estão sendo oficialmente comunicados nesta terça-feira (11/5).
No Brasil, o imunizante é produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De acordo com a agência reguladora, a orientação é resultado do monitoramento de efeitos adversos da vacina.
"A orientação da Anvisa é que a indicação da bula da vacina AstraZeneca seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI)", diz a nota enviada à imprensa. A atual bula do imunizante não recomenda a aplicação em grávidas sem orientação médica individual.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o ministério investiga a morte de uma mulher no Rio de Janeiro, vacinada com esse imunizante.
A Secretaria de Saúde do município do Rio informou que decidiu suspender, "por precaução", a vacinação de gestantes e puérperas da capital, "até que a investigação do caso de evento adverso em gestante seja concluída pelo Ministério da Saúde, e o Programa Nacional de Imunizações (PNI) se pronuncie".
O estado de São Paulo também suspendeu a vacinação de gestantes com comorbidades, prevista para começar nesta terça-feira, após recomendação da Anvisa.
Em Belo Horizonte, a vacinação de gestantes com o imunizante da Pfizer foi mantida.
(foto: Soraia Piva/EM/D.A Press)
Imunização no país
O Brasil está imunizando grande parte de sua população com a vacina CoronaVac (produzida em associação com o Instituto Butantan, de São Paulo), em menor medida com a da fabricada localmente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e, recentemente, começou a administrar algumas doses importadas da vacina da Pfizer nas capitais.
Até o momento, o país imunizou 15,3 milhões de pessoas com a primeira e a segunda dose.
(Com agências)
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Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.