A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) recomendou a suspensão imediata no estado da aplicação em gestantes da vacina contra a COVID-19 desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.
A decisão é baseada na recomendação feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nessa segunda-feira (10/05), mesmo não sendo registrado eventos adversos com grávidas imunizadas com doses da vacina AstraZeneca no estado.
De acordo com a pasta, os 853 municípios estão sendo oficialmente comunicados nesta terça-feira (11/5).
No Brasil, o imunizante é produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De acordo com a agência reguladora, a orientação é resultado do monitoramento de efeitos adversos da vacina.
"A orientação da Anvisa é que a indicação da bula da vacina AstraZeneca seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI)", diz a nota enviada à imprensa. A atual bula do imunizante não recomenda a aplicação em grávidas sem orientação médica individual.
Adesão dos estados
Outros estados, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo, também anunciaram a suspensão.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o ministério investiga a morte de uma mulher no Rio de Janeiro, vacinada com esse imunizante.
A Secretaria de Saúde do município do Rio informou que decidiu suspender, "por precaução", a vacinação de gestantes e puérperas da capital, "até que a investigação do caso de evento adverso em gestante seja concluída pelo Ministério da Saúde, e o Programa Nacional de Imunizações (PNI) se pronuncie".
O estado de São Paulo também suspendeu a vacinação de gestantes com comorbidades, prevista para começar nesta terça-feira, após recomendação da Anvisa.
Em Belo Horizonte, a vacinação de gestantes com o imunizante da Pfizer foi mantida.
Imunização no país
O Brasil está imunizando grande parte de sua população com a vacina CoronaVac (produzida em associação com o Instituto Butantan, de São Paulo), em menor medida com a da fabricada localmente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e, recentemente, começou a administrar algumas doses importadas da vacina da Pfizer nas capitais.
Até o momento, o país imunizou 15,3 milhões de pessoas com a primeira e a segunda dose.
(Com agências)
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Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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