A suspensão imediata do uso da vacina contra a COVID-19 da AstraZeneca para mulheres gestantes, determinada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério da Saúde não surpreendeu o prefeito de Coronel Fabriciano, Marcos Vinicius da Silva Bizarro (PSDB).
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“Faz 10 dias que venho alertando sobre os perigos da vacinação em gestantes, e que a grávida que tomasse vacina contra a COVID-19 em Coronel Fabriciano teria que assinar um termo de autorização se responsabilizando”, escreveu o prefeito em sua rede social.
O prefeito disse que não vai vacinar gestantes com nenhuma vacina contra a COVID-19, principalmente aquelas que estão nos primeiros dias de gravidez.
Explicou que nos 90 primeiros dias de gravidez ocorre a formação do sistema neurológico do feto e ele não quer “ser responsável por nascer criança defeituosa em Coronel Fabriciano”, disse, aconselhando as grávidas a adotarem as medidas de distanciamento social e nada mais.
Marcos Vinícius disse que, como médico, sempre soube dos perigos da aplicação das vacinas contra a COVID-19 em gestantes.
“Agora, a Anvisa recomenda suspender a imunização nas grávidas. Infelizmente essa pandemia não é tratada como deveria. Não alertei com base no achismo e, sim, na medicina, baseado em evidência”.
Em live exibida na sua rede social no Facebook, o prefeito foi taxativo. “Eu não vacino gestante. Vamos pra justiça! Pra eu vacinar, tem de ter laudo, tem de ter termo de responsabilidade. Eu não quero ser responsável por nascimento de criança defeituosa”, disse.
As gestantes, segundo o prefeito, somente serão vacinadas se assinarem, junto com o seu médico ginecologista, um termo de responsabilidade. “Ou se o governador vier aqui e vacinar, com a mãozinha dele”, disse.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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