A aplicação da segunda dose da vacina que está atrasada em idosos deve começar na próxima semana. Isso porque Minas Gerais deve receber uma remessa com 207.800 doses da CoronaVac na noite desta quinta-feira (13/05).
Considerando que o estado recebeu 140 mil doses no início da semana, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, espera conseguir atingir a maior parte do grupo de pessoas que aguardam a segunda dose, que representa cerca de 375 mil pessoas.
No lote desta quinta está prevista também a chegada de 422.750 doses da AstraZeneca. A expectativa é de que um outro lote, com 200 mil doses de CoronaVac, chegue ao estado no início da semana que vem.
“Na hora de vacinar, busque, sim, a sua vacinação, porque é a saída da pandemia”, alertou o secretário em coletiva de imprensa no início da tarde desta quinta-feira (13/05).
Grande parte dos vacinados com a CoronaVac já passou do prazo de 28 dias estipulado para a aplicação da segunda dose. Segundo o secretário, embora o estudo mostre eficácia de 14 a 28 dias, a imunidade também será adquirida após o prazo – o que ainda está em estudos. “É muito importante que se vacine mesmo após os 28 dias. Vale esse apelo à população que vá se vacinar.”
Mais vacina, menos mortes
Fábio Baccheretti também ressaltou que houve queda consistente na taxa de mortes nas faixas etárias que já receberam as duas doses da vacina, o que demonstra a eficácia da imunização.
“Nas semanas iniciais do ano, tivemos média de óbito de 8% a 9% entre os pacientes com mais de 90 anos. Essa taxa, nas últimas semanas, se estabilizou em torno de 2,5%. O comportamento também se alterou na faixa entre 80 e 89 anos, com picos de 23,1% no início do ano para 9,7% agora. A vacinação tem demonstrado o poder de conter a pandemia”, disse.
Atualmente, o percentual de doses aplicadas em relação à população dos grupos prioritários é de 90,45% para Dose 1 e 45,44% para Dose 2. Foram aplicadas 76,07% das doses enviadas aos municípios.
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O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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