A pandemia não deve ser empecilho para o rico patrimônio cultural de Minas ficar ao deus-dará: é preciso cuidar, restaurar e ficar de olho para evitar deterioração. Assim, em Ouro Branco, na Região Central de Minas, foi dada a largada nesta quinta-feira (13) para as obras na Matriz de Santo Antônio, do século 18.
A ordem de serviço foi assinada pela manhã e a intervenção vai custar R$ 1,3 milhão. O templo será restaurado com recursos federais do fundo de direito difuso do Ministério da Justiça.
Somada aos recursos federais, uma emenda parlamentar do senador Antonio Anastasia (PSD-MG), no valor de R$ 250 mil, será aplicada na reforma do adro, colocação de novo gradil e paisagismo.
A assinatura da ordem serviço contou com a presença do secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, que visitou vários monumentos na sede municipal de Ouro Branco e no distrito de Itatiaia.
Histórico da Matriz de Santo Antônio, em Ouro Branco
Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1949, a Matriz de Santo Antônio é anterior a 1717, ano de emissão de uma certidão do primeiro casamento que teria ocorrido na Igreja.
Para especialistas, o altar de São Miguel e Almas foi revestido de ouro pelo mestre pintor Antônio de Caldas em 1745, assim como o altar de Nossa Senhora do Rosário.
Para especialistas, o altar de São Miguel e Almas foi revestido de ouro pelo mestre pintor Antônio de Caldas em 1745, assim como o altar de Nossa Senhora do Rosário.
Data de 1754 uma petição dos residentes da paróquia e uma autorização do ouvidor geral para o douramento do altar-mor, que se iniciou em 1755, de acordo com a documentação.
Os altares revestidos por ouro refletem o estilo mais evoluído do Barroco mineiro.
Os altares revestidos por ouro refletem o estilo mais evoluído do Barroco mineiro.
As obras na fachada da Igreja, feitas pelo pedreiro Domingos Coelho, foram concluídas em 1771 e 1777. A construção da Matriz terminou em 1779, data inscrita em seu frontispício.